domingo, 13 de junho de 2010

Pinocchio e um dos horrores da minha infancia...

Não sei mais o ano ou com quem estava ou o Cinema.
Sei que era bem pequeno e que literalmente uma sensação de horror me invadiu, no escuro do Cinema.
Acredito que esta foi a primeira vez que tive realmente “medo” na minha vida e quase fiz nas calças…

Em comparação à esta cena, para mim, a transformação da madrasta de "Branca-de-Neve" em bruxa foi um conto de fadas e “Malificent” (Carabosse) de “A bela adormecida” um charme, uma senhora atraente e chique.

Um momento assustador. Claustrofóbico. Imaginem, estar preso num outro corpo… Pinocchio, que estava felicíssimo, divertindo-se na “Ilha dos Prazeres” tem esta "supresa" e passa por esta horrível situação.

Será que este é o motivo de sempre termos esta infantil reação de que “algo vai acontecer” quando estamos passando por uma fase maravilhosa? Que não “merecemos” tanta felicidade?

Anos depois de ver o filme de Disney, já morando aqui em Viena, assisti uma entrevista com François Truffaut na qual ele repetia uma afirmação sua publicada muito anteriormente nos seus famosos “Cahiers du Cinéma”:
Para ele a cena mais assustante da história do cinema era essa. Nada de Hitchcock ou terror. Pinocchio mesmo.
Pelo menos assim relaxei.
Nada como estar em boníssima, ilustre companhia quando se entra em panico…
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