sexta-feira, 20 de março de 2009
Lili (MGM 1953)
Quando eu era menininho existiam ainda nos (muitos) cinemas de Copacabana as chamadas “Sessões infantis”.
O Metro Copacabana fazia muitas (além dos seus “festivais”: Greta Garbo, Operetas de Jeanette MacDonald e Nelson Eddy etc.). Esse cinema era uma maravilha e amávamos não só os filmes maravilhosos (Assisti “O mágico de Oz” pela primeira na minha vida, lá!) como também toda a atmosfera daquele “templo”: O tapete alto e fofo, o Foyer com retratos de artistas da Metro e lindos espelhos, as paredes revestidas de mogno e – indescritível – o melhor ar-condicionado que conheci (até hoje...) em toda minha vida! Era tudo tão “Radio City Music Hall” e ainda por cima “bem na esquina de nossa casa”. Quem não conheceu esses cinemas não conheceu o Rio, a cidade maravilhosa que foi, numa época que parece estar distante “anos luz” de 2009...
“Lili” (MGM 1953) foi um desses filmes que deixou em todos nós profundas lembranças e esperanças... da mesma forma como também para gerações anteriores e posteriores à minha. Claro que depois eu comecei a admirá-lo pela produção, danças, atores (Mel Ferrer também incrível neste filme, seu último papel principal em Hollywood... Inexplicável, principalmente porque este filme foi um grande sucesso de crítica e bilheteria!), roteiro... e até por seu valor literário (o livro original é do maravilhoso, inteligentíssimo Paul Gallico, um homem cheio de fantasia – vide minha postagem de 10 de junho de 2008 sobre ele, onde Lili também é mencionada) mas o rostinho, a sinceridade, a fantasia da orfã Lili jamais desaparecerá de dentro de mim. Graças a Deus!
Eu me lembro muito bem do texto da musiquinha de Lili em português. Este disquinho (compacto, transparente e azul!!!! ) era constantemente tocado na minha vitrolinha portátil de plástico cinza que eu levava para cima e para baixo (funcionava com pilhas!) em todos os passeios e de férias para Penedo:
“ Um passarinho me ensinou
uma canção feliz.
E quando solitária estou,
Mais triste do que triste sou,
Recordo o que ele me ensinou...
Uma canção feliz...
Eu vivo a vida cantando,
Hi Lili, Hi Lili, Hi lo…
Por isto sempre contente estou,
O que passou, passou…
O mundo gira de pressa
E nestas voltas eu vou.
Cantando a canção tão feliz que diz,
Hi Lili, Hi Lili, Hi Lo...
Cantando a canção tão feliz que diz,
Hi Lili, Hi Lili, Hi Lo... ”
Para quem quizer lembrar-se de Leslie Caron e de sua maravilhosa Lili (Caron foi indicada para o Oscar em 1953 por este filme, como seria anos depois no seríssimo “The L-shaped Room”), aqui o texto original e uma ceninha que vive de certa forma nos corações daqueles que ainda são jovens...
“On every tree there sits a bird
Singing a song of love
On every tree there sits a bird
And every one I ever heard
Could break my heart
Without a word
Singing a song of love
A song of love is a sad song
Hi-li Hi-lili Hi-lo
A song of love is a song of woe
Don't ask me how I know
A song of love is a sad song
For I have loved and it's so
Hi-lili Hi-lili Hi-lo Hi-lo
Hi-lili Hi-lili Hi-lo
">
A song of love is a sad song
Hi-lili Hi-lili Hi-lo
A song of love is a song of woe
Don't ask me how I know
A song of love is a sad song
For I have loved and it's so
Hi-lili Hi-lili Hi-lo Hi-lo
Hi-lili Hi-lili Hi-lo"
Uma pena este filme nao existir em DVD... Gostaria tanto que voces revissem todas as quatro marionetes... as quatro personalidades de Mel... (existem outras versoes mais longas no Youtube...). Mas o que eu queria fazer aqui foi feito. Trazer do passado a carinha, a inocencia, os olhinhos cheios de luz e a sinceridade da linda Leslie/Lili...
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