terça-feira, 20 de julho de 2010

Dalilas... Sansão e Saint-Saëns

Ouvi falar que a Warner planeja uma versão futurística (!?!?!) da história bíblica “Sansão e Dalila” e dei-me conta das tantas “Dalilas” que já vi ou no cinema ou no palco (Tenho que admitir que nunca li a Bíblia).


Para mim a mais fascinante encarnação (em termos visuais) foi a de Eleanor Parker representando a cantora Marjorie Lawrence cantando minha ária preferida: ♫ ♪ Mon coeur s’ouvre à ta voix… ♫ ♪ de “Sanson et Dalila” de Camille Saint-Saëns (No maravilhoso filme “Interrupted Meldody”, 1955, vide minha postagem de 3.3.2009).
A imagem clássica de uma bela (e falsa) sedutora desempenhada por uma das mais lindas e talentosas mulheres do cinema: Parker, que foi nominada ao Oscar por este trabalho (Mesmo tendo sido dublada pela cantora do “Met” Eilleen Farrell).

A austríaca Hedy Lamarr, ou melhor Hedwig Eva Maria Kiesler, que no apogeu de sua carreira era chamada “The most beautiful woman in the world”, foi a escolhida por Cecil B. DeMille para estrelar no épico “Sansão e Dalila” em 1949 ao lado do canastrérrimo Victor Mature (que era também filho de um austríaco de Innsbruck).


Obs.: Dois fatos imortalizaram mais esta “façanha babilônica” de DeMille do que o próprio filme em si: em “Sunset Boulevard” de Billy Wilder (Crepúsculo dos Deuses, 1950) quando “Norma Desmond” (Gloria Swanson) visita DeMille no Set de um filme que está fazendo são os bastidores, cenários e alguns figurantes de “Sansão” que vemos…
O outro fato (bem mais divertido por sinal) foi o comentário de Groucho Marx: “Não gosto de nenhum filme no qual o peito do ator principal é maior do que o da atriz!” ("I don't like any movie where the leading man's chest is bigger than the leading lady's").

No palco a última Dalila que assisti foi Agnes Baltsa. Na pequena tela Elina Garanca. E em “discos”, cassettes e CDs tantas outras… Obs.2: Não gosto nada da interpretação de Callas como Dalila.

Mas uma voz especial quiz colocar aqui, tive que… e espero que voces desfrutem: a inesquecível Marilyn Horne que, como sempre digo, possui ao meu ver um “jeito conquistador” já que transmite, passa o que canta sempre como uma “verdade” - independente da condição técnica e do momento de carreira no qual se encontrasse! (E isto mesmo que seja uma mentira como no caso de nossa imoral Dalila… ).

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