Com duas queridas amigas passei no Rio uma tarde de domingo informal e gostosa, daquelas que a gente só passa com amigos íntimos… batendo papo, vendo fotos, relembrando mil coisas, abrindo a alma, fofocando, discutindo arte, sentados no chão e assistindo alguns DVDs. Coisa de irmão. Momentos deliciosos e preciosos para mim que moro tão longe delas...
Entre esses DVDs se encontrava uma gravação da Coda de “D.Quixote” (Ballet que amo!) com o fantástico e genial madrileño Angel Corella (que gira, faz tudo para a esquerda… e é de uma naturalidade impressionante! Incrível!) e com a argentina Paloma Herrera. Paloma é ótima técnicamente mas não me “toca” emocionalmente. Sua dança transforma-se, de tanto exibicionismo técnico, num “Circo”. Tivemos que rir um pouco dos « cacos » que ela implementa às suas variações. Num determinado e difícil momento ela ainda teve coragem de fazer umas mãozinhas (lembrou-me demais às « Hermanas Miranda ») e eu não resisti à tentacao de dizer « Olha só, uns quindins-de Iaiá » !!! Juro, parecia mesmo ! Tipo « olha só o que consigo fazer e ainda faço umas mãozinhas brejeiras extras para mostrar que não estou me segurando, que estou sózinha aqui”. Voces tem que ver as supérfluas mãozinhas: exatamente aos 4:25 minutos deste vídeo (A postagem continua depois...).
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Repito, Paloma é ótima mas vou parando com meu comentário senão vão « ralhar » de novo comigo por estar falando “mal” de um bailarino (no caso refiro-me ao que falei de Isabel Seabra, que não me agrada como artista). Particularmente amo a opinião de minha amiga Danielle: “Se eles levam uma vida pública, tem que contar com o fato de serem criticados”. No que ela tem, aliás, toda a razão. Mas hoje estou “pacífico» e quero paz!
Pois é, tudo isto, deu-me uma saudade imensa da mesma Coda interpretada porém com a limpeza, sinceridade, dignidade, "noblesse" e simplicidade de Gelsey Kirkland e Mikhail Baryschnikov – meus dois queridos de sempre e para sempre! Áureos tempos do ABT... Resolvi enfeitar estas Tertúlias com estes momentos… Simplesmente AMO os braços e mãos de Gelsey aqui !!!! Sem « cacos » e “quindins-de-Iaiá"… Sei, e vejo sempre, que Gelsey não estava num "bom dia" como Kitri (Dançou na mesma noite anteriormente a Coda de "Coppélia" (Postagem de 29.01.2010), na qual esteve maravilhosa, com um "Balance" incomparável) mas mesmo assim considero-a uma artista de tão maravilhosa fragilidade e delicadeza, tão incomum que só posso dizer: "Chapeau"! (No final do vídeo uma mensagem pessoal dela sobre a Anorexia no Mundo do Ballet... Quando me lembro que "professoras" no Rio de janeiro criticavam os alunos quando engordavam 1/2 quilo depois das férias... não serão elas as causadoras de tantos disturbios alimentares na vida de ex-bailarinos?)
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P.S. Sei que não tem nada que ver mas adoro pensar que « Gelse », em dialeto austríaco, é a palavra para “Mosquito”. Olhem só este lindo mosquitinho!!!!!
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