Não conheço realmente muitos exemplos mas fato é que o Cinema teve uma certa fixação com os “Cockneys”. Hoje penso em Rita Hayworth em “Cover Girl”…
Óbviamente “Eliza Doolitle” não foi um personagem criado para o Cinema (e muito menos para um musical) mas não podemos nem por um momento duvidar que a “peculiaridade” de seu sotaque cockney nada contribuiu ao incrível sucesso de “Pygmalion” e de “My fair Lady” (Julie Andrews, que criou Eliza em “My fair Lady” sempre achou divertido o fato de ter aprendido “cockney” de um professor de fonética americano!).
Mas nem todas as experiencias em transformar atores (independente de suas origens) em cockneys foram tão bem sucedidas (e elaboradamente preparadas em termos de fonética ) como as “Elizas” de Andrews e Audrey Hepburn (Processo só comparável à transformação de uma “english upper-class girl” como Vivien Leigh numa sulista “Scarlett O’Hara”)
Por acaso uma boa tentativa cabe à propria Vivien em “Sidewalks of London”, ao lado de Charles Laughton, como uma cantora de rua “cockney” (dois ou tres anos – luz? – antes de “Scarlett”).
Dietrich deu vida a um personagem cockney em “Testemunha de acusação” (Witness for Prosecution) no qual não conseguimos acreditar plenamente…
…e Dick van Dyke conseguiu criar o mais imperfeito sotaque cockney da história do cinema como “Bert” em “Mary Poppins”! Até hoje minha amiga Colleen O’Connor e eu nos referimos à coisas meio “phoney” dizendo “like Dick van Dyke’s accent in Mary Poppins”.
Mas uma demonstração Hollywoodiana de “ser cockney” conseguiu superar a falta de autenticidade de van Dyke: Rita Hayworth (e uma das vozes que usou nos anos 40 – ela sempre foi dublada) no delicioso número “Poor John” de “Cover Girl” (1944).
Mas, "justiça seja feita", apesar do sotaque ser péssimo a coreografia é uma gostosura, uma delícia em termos de “Entertainment” – e as finas pernas de Hayworth simplesmente lindas!
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