Saudades de Richard Cragun. De assistí-lo. De ficar boquiaberto com sua técnica. De ficar tocado com suas inteligentes performances e sua sensibilidade.
Aqui uma pequena homenagem e alguma fotos que encontrei num magnífico livro!
Assisti o inesquecível «Rick» pela primeira vez no meio dos anos 70, no Theatro Municipal no Rio de Janeiro, depois várias vezes em Stuttgart, em Viena em "Wien, Wien nur Du allein..." de Bejárt e também dançando com a linda Aurea Hammerli no Theatro Municipal do Rio de janeiro em "Romeu e Julieta". Quem pode se esquecer dele em “Sacre du Printemps”, em “Requiem”, em “Voluntaries”? e o seu maravilhoso, bem humorado e ao mesmo tempo sensual «Petrucchio» de «A Megera Domada» ?
Por alguma razão, que absolutamente não entendo, o mundo da dança fala pouco desta “lenda” do Ballet , parece pouco se lembrar deste incrível bailarino, que, dotado não só de um magnífico físico, possuía toda uma sensibilidade que nos arrebatava completamente, que nos literalmente "sacudia" interiormente. Até no mundo virtual se encontra muito pouco sobre ele apesar de ser um dos nomes principais do Ballet do século XX (e no Brasil até ter dirigido o Ballet do Theatro Municipal depois de ter deixado a Deutsche Oper em Berlin).
Disseram-me que Richard fazendo aula na sala de Ballet da Academia Tatiana Leskova, na Av. Copacabana (antes de ele e Márcia Haydée terem abandonado completamente as aulas de Leskova) deixava todos até com medo pois o teto era baixo demais para seus saltos. Como tudo que fazia parecia ser "fácil"...
Lembro-me, anos depois, de alguns telefonemas entre Stuttgart (ou Berlin?) e Viena: longas conversas com aquela voz sonora e amável sobre amigos em comum, principalmente sobre a querida Miriam, mae de minhas amigas Silvinha e Eliana Caminada: uma das pessoas mais lindas que conheci nesta vida! Como Rick gostava dela... Quanta delicadeza e sensibilidade ele possui. Pena que nunca o conheci pessoalmente. Talvez um dia.
Richard Romeu? Físicamente, para mim, muito distante da imagem de Romeu que nos foi “imposta”. Mas vendo-o aqui, nesta filmagem da TV alema dos anos 70, com Marcia Haydée (Uma de minhas bailarinas prediletas - para sempre.), passsa-se- a compreender o genio de John Cranko – um dos mehhores coreografos da história – que “farejou” talento nestes magníficos intérpretes. Richard: vamos celebrá-lo mais uma vez e SEMPRE! Quanto talento, quanta sensibilidade, quanta genialidade! ">
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