Mary Boland é uma daquelas personalidades incríveis que, enquanto estão presentes na tela, dominam o filme e “roubam” cenas totalmente... Sua personalidade é como um magneto e não consegue-se tirar os olhos dela...
Mary, nascida em 1880 teve uma longa carreira até 10 anos antes de sua morte em 1965! Ela fêz muita Broadway e teve duas fases de cinema: a primeira não muito bem sucedida de 1915 a 1920 (silent of course!) e a segunda a partir de 1931 – fase que então transformou-a numa conhecidíssima atriz de caráter, sempre interpretando alguma matrona, muitas vezes fofoqueira mas definitivamente sempre simpática... Nesta segunda fase em Hollywood ela trabalhou em 49 filmes. Mesmo assim ela continuou trabalhando na Broadway e depois, nos anos 50, na televisao. Sua última aparição na Broadway foi em 1954, ao 74 anos, em “Lullaby”.
Na Broadway ela teve porém o seu maior sucesso ainda nos anos ‘20 junto com Edna May Oliver (1883-1942). Do you remember Edna? Aqui sua foto...
A comédia chamou-se “The Craddle Snatchers” (1925/26) e ela e Edna, abandonadas por seus maridos, pegam dois amantes bem jovens. O amante jovem de Boland foi interpretado por um jovem e bonito Humphrey Bogart, num de seus primeiros papéis. Boland tinha 45 anos durante esta temporada e May Oliver 42, ambas para a época bastante “maduras”. Relatos sobre esta peça falam do “hilariante talento destas duas matronas”!
Boland fez vários filmes, um inclusive bastante considerado chamado Ruggles of Red Gap que não vou comentar pois nunca assisti. Ele porém será eternamente lembrada por dois papéis na MGM: A Condessa DeLave em “As mulheres” (The women, 1939) do grande diretor de mulheres George Cukor e Mrs.Bennet (com um sotaque mais do que britanico), a casamenteira e ambiciosa (também divertidíssma e engraçadíssima) mãe de Greer Garson, Maureen O’Sullivan, Marsha Hunt, Ann Rutherford e Heather Angel no inesquecível e eterno “Orgulho e Preconceito” de Jane Austen (Pride and Prejudice, 1940) no qual têve a oportunidade de trabalhar ao lado de sua partner de teatro, Edna May Oliver, esta também dando um show de interpretação como Lady Catherine DeBourgh – uma divertidíssima “guerra” na tela entre estes dois incríveis talentos!!! Um detalhe interessante sobre este filme é o fato de Louis B. Mayer ter passado a ação para uns trinta anos mais tarde por achar as roupas das mulheres mais atraentes do que no período original do livro (Regency).
Boland fez vários filmes, um inclusive bastante considerado chamado Ruggles of Red Gap que não vou comentar pois nunca assisti. Ele porém será eternamente lembrada por dois papéis na MGM: A Condessa DeLave em “As mulheres” (The women, 1939) do grande diretor de mulheres George Cukor e Mrs.Bennet (com um sotaque mais do que britanico), a casamenteira e ambiciosa (também divertidíssma e engraçadíssima) mãe de Greer Garson, Maureen O’Sullivan, Marsha Hunt, Ann Rutherford e Heather Angel no inesquecível e eterno “Orgulho e Preconceito” de Jane Austen (Pride and Prejudice, 1940) no qual têve a oportunidade de trabalhar ao lado de sua partner de teatro, Edna May Oliver, esta também dando um show de interpretação como Lady Catherine DeBourgh – uma divertidíssima “guerra” na tela entre estes dois incríveis talentos!!! Um detalhe interessante sobre este filme é o fato de Louis B. Mayer ter passado a ação para uns trinta anos mais tarde por achar as roupas das mulheres mais atraentes do que no período original do livro (Regency).
Uma rara foto "colorida" de Pride and Prejudice. Boland em primeiro plano.
Minha cena predileta de Boland é porém em “As mulheres” quando no final a Condessa é humilhada em frente à sociedade por seu jovem marido (Cowboy e cantor) que confessa um caso de amor com Crystal/ Joan Crawford (Detalhe, a Condessa, adora usar tôdo o tempo “cacos” em francês à la “Ohhh, l’amour, l’amour... ” ou “l’amour, toujours l’amour” ). Primeiro o personagem de Paulette Goddard lhe diz “Oh Countess, chin up! ...both of them!”, ela engole a sêco, depois quando ela está chorando copiosamente encima de uma chaise-longue ela se refere à si mesma como “old beef” (ela não é nada delgada e está vestida para acentuar nao só o corpo como também a idade – tipo bracos gordos de fora etc.) e soluçando diz: “Think about the publicity”, faz uma pausa e conclui aos prantos: “LA PUBLICITÉ!!!!!!!!!!!".
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