Numa época em que heroínas de desenhos animados eram práticamente assexuais (vide por exemplo Minnie Mouse) não havia quase nenhum episódio no qual ela não deixasse de arrumar as meias (e a liga) ou de levantar a saia ou de ser assediada por algum personagem do sexo masculino (numa direta implicação da palavra “sexo”).
Exatamente a saia curta, as ligas e os cachinhos curtos (numa cabeça extremamenre "cearense") transformaram-a numa verdadeira “flapper” dos “roaring twenties”. Estas eram as mulheres que eram livres, que fumavam e que sabiam festejar e dançar. Imediatamente os irmãos Fleischer “usaram” o talento musical de Betty e várias cooperações musicais com artistas famosos do rádio da época foram produzidas. Tudo isto junto ao quase “surrealismo” dos irmãos Fleischer transformou esta série de Cartoons em algo inesquecível e muito especial!
Um grande momento de Betty aconteceu num Cartoon no qual ela, num palco de Vaudeville, aparecia imitando grandes artistas da época como Jimmy Durante, Maurice Chevalier, Fanny Brice (vide minha postagem “Fanny Brice – Funny girl?????” de 4 de julho) e até a esquecida Gilda Gray dançando o Hoola (uma das minhas cenas peferidas na qual ela, práticamente nua, só com um colar de flôres, realmente “abusa” do direito de ser sexy!).
Um grande momento de Betty aconteceu num Cartoon no qual ela, num palco de Vaudeville, aparecia imitando grandes artistas da época como Jimmy Durante, Maurice Chevalier, Fanny Brice (vide minha postagem “Fanny Brice – Funny girl?????” de 4 de julho) e até a esquecida Gilda Gray dançando o Hoola (uma das minhas cenas peferidas na qual ela, práticamente nua, só com um colar de flôres, realmente “abusa” do direito de ser sexy!).
Mas a sua imagem sexy e ousada virou um problema para o estúdio e para os irmãos Fleischer. A nova censura que abalou a indústria cinematográfica a partir de 1934 obrigou nao só Cecil B. De Mille a “comportar-se” e a não mais filmar nús e orgias, como também a Betty a usar um vestido bem mais longo, a ser menos sexy e até a virar uma comportadíssima dona de casa com um pequeno cachorrinho. Max Fleischer tentou salvar a série com “cameos” de outras figuras de desenho animado mas não sucedeu. O interêsse do público por Betty foi diminuindo e o seu último cartoon foi feito em 1939.
Em 1988 Betty ainda fêz uma aparição especial (como único personagem em prêto-e-branco) no colorido “Roger Rabbit”.
Em 1988 Betty ainda fêz uma aparição especial (como único personagem em prêto-e-branco) no colorido “Roger Rabbit”.
O que todos esqueceram é que Betty, muito antes de tornar-se a encantadora e atraente “IT-girl” aparecia com“Bimbo”, como sua namorada. “Bimbo” (hoje em dia um termo pejorativo para uma “mulher avoada, completely brainless” era antes usado única- e exclusivamente para pessoas de pouca inteligência do sexo masculino) era um cachorrinho meio bobinho e Betty sua namorada canina!!!!!
Sim, esta é a verdade sobre o passado de Betty: ela era uma cadela quando começou sua carreira!!!!!
Sim, esta é a verdade sobre o passado de Betty: ela era uma cadela quando começou sua carreira!!!!!
O focinho desapareceu aos poucos, as pernas tornaram-se mais finas e delineadas e as suas longas orelhas transformaram-se em brincos. Aqui abaixo suas orelhas ainda caninas...
E se exalta a incrível transformação que Hollywood fêz com Rita Hayworth, transformando-a daquela mexicaníssima Rita Cansino (que tinha feito até filmes de “Charlie Chan”) numa ruiva, quase irlandêsa que abalou as telas Technicolor dos anos 40 (mais assunto para outra postagem)! Nada, realmente nada em comparação à nossa eterna “Boo-boo-pe-do” Betty Boop !!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário