quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Georges Seurat: "Un dimanche après-midi à l'Île de la Grande Jatte" & “Sunday in the Park with George”


Não é segredo que sou fascinado por (bons) shows da Broadway, também não que amo a música e a sensibilidade de Stephen Sondheim… e muito menos que sou um grande admirador da talentosíssima Bernadette Peters. That’s common knowledge para os Tertuliadores…


Obra teatral, que recebeu o Pullitzer Prize (categoria Drama) em 1985 “Sunday in the Park with George” é um musical incrívelmente “inspirado”, complexo e ao mesmo tempo transportador de uma estória extremamente bem definida e simples linguagem… Linguagem que arrebata o publico e toda sua atenção e concentração.


Este trabalho com música e letras de Stephen Sondheim e “livro” de James Lapine foi inspirado maravilhosamente no quadro de (Georges) Seurat “Uma tarde de domingo na I'lle de la Grand Jatte”… Realmente inspirador…


Obra complexa, que gira ao redor de um Seurat ficcional completamente imerso em seu processo de criação pintando as pessoas e emoções representadas nesta grande obra-prima neo-impressionista.


O trabalho de Seurat, grande representante técnica do “pointilismus”, serve, com sua luz, suas cores, suas nuances, como uma luva para esta delicada estória ficcional. …


A partir do momento em que somos apresentados a George (um jovem Mandy Patinkin, lembram de "Yentl"?), passando pelas fantasias e reclamações de sua amante analfabeta (gloriosamente interpretada por Bernadette Peters) até chegar a personagens dictícios que foram (na realidade) pintados e eternizados neste quadro, é literalmente impossível desprender a atenção da tela... do palco...




Incrível... Magnífico...


Aqui Bernadette como “Dot”, a amante de Seurat, num outro momento típicamente (não só musicalmente) “Sondheimiano”…



O show estreiou for a da Broadway em 1983 (com Patinkin e Peters) e só foi apresentado 25 vezes… Só possuía um ato e este mesmo ainda estava sendo desenvolvido… Sondheim, com louca, maníaca inspiração, perseverança e absurda rapidez, completou o Segundo ato que abriu para as tres últimas apresentações!!!!! Leonard Bernstein (amigo de Sondheim, com quem trabalhou em "West Side Story") lhe escreveu: “ brilliant, deeply conceived, magisterial and by far the most personal statement I’ve heard from you thus far. Bravo”.


Precisa-se de mais incentivo do que isso?
O musical foi transferido para a Broadway em 1984, o segundo ato finalmente “congelado” dois dias antes da estréia… As críticas foram “mixtas”. O show não foi “estraçalhado” pela crítica mas também não foi reverenciado devidamente… porém não lhe faltou publico e ele só fechou em 1985, isto depois de 604 espetáculos! Um sucesso de bilheteria!

Apesar de receber o Pullitzer Prize e ser nominado para para dez “Tonys” (recebeu dois) “Sunday” não entrou para a lista dos “eternos Sucessos” da Broadway.

Por isto talvez, tento recuperar um pouco da história perdida e insisto em colocá-lo aqui, brilhando pelo que tem de mais profundo: Sensibilidade.


Mesmo que “Sunday”, hoje em dia, tenha finalmente tornado-se um clássico, a memória do público é curta, muito curta – Temos, como pudermos sempre ajudar a memória, nossa memória…

E na realidade acho que esta é a verdadeira função, o verdadeiro objetivo destas "Tertúlias" frequentes... não deixar que nos esqueçamos...

"Sunday"... Divirtam-se com todo o elenco neste emocionante, fascinante número...




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