O personagem principal do livro „The story of Ferdinand“, do autor americano Munro Leaf, é um jovem touro que prefere cheirar as flores do campo do que ir para a arena lutar numa tourada.
Um belo dia êle é picado por uma abelha e fica tão desesperado e louco de dor que comporta-se de uma forma quase selvagem. Assume-se imediatamente que ele é um touro super agressivo e perigoso! Por um “acaso” esta situação foi observada por um “Manager” da arena de touros da cidade e Ferdinando é “contratado” na hora! Mas durante a tourada Ferdinando comporta-se pacíficamente como sempre e prefere cheirar as flores que as “Señoritas” jogam para ele, para o desespêro dos “Picadores y Toreros”, que nao entendem nada! No final a boa índole de Ferdinando vence e êle é enviado de volta para o seu pasto e para suas flores... Aonde, se ele ainda vive, deve estar até hoje...
Esta pequena estória é, aínda, muito amada na Europa.
Na era dos “Videogames”, “Playstations” etc. pode parecer tola e nada “cool” uma estórinha como a de Ferdinando mas alguns detalhes sao admiráveis. E Ferdinando nos prende, com sua essência, sua forma de ser, sua admirável filosofia de vida...
Muitos tendem até hoje a pensar que Ferdinando é um touro “muito fresco”. Mas para pessoas com mais “visões”, com “horizontes mais amplos” ele adquire um outro significado. O livro de Leaf foi lancado em 1936, no ano do começo da Guerra Civil Espanhola. A estória de Ferdinando foi então usada como uma fábula de propaganda pacifista (e também comunista). Também por este motivo alcançou uma certa fama sendo traduzida para vários idiomas.
Walt Disney fez do livro um curta-metragem em 1938 (como as suas famosas “Silly Synphonies”) e no ano seguinte recebeu um Oscar na categoria Best Short Subject (Cartoons).
Um detalhe muito pessoal deste trabalho é o fato que todos os “Picadores y Toreros” são caricaturas da equipe de desenhistas de Disney, este mesmo até como “El Matador”, liderando o grupo.
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