quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Measha Brueggergosman: die zwei blauen Augen von meinem Schatz (Canções de um companheiro errante)
Lembranças, preciosas e emocionantes recordações dos tempos em que “descobri” (o austríaco) Gustav Mahler pela primeira vez, da forma como ele povoava o mundo do Ballet do XXíeme Siécle de Maurice Bejárt nos anos 70 e de como esta descoberta “arrebatou” e influenciou minha vida (musical) definitivamente…
„Die zwei blauen Augen von meinem Schatz“(Os dois olhos azuis do meu tesouro) é provávelmente minha peça, minha “Lied” (canção) preferida de Mahler: amor & nostalgia mesclados à "despedida eterna" que sempre interessou-o e até obsecou-o em tantas fases de sua obra como compositor já que jamais poderems esquecer de sua fase como diretor da Ópera de Viena. Como em “Abschied” – Despedida - de “das Lied von der Erde” – “A canção da Terra”, esta canção que agora ouviremos é a ÚLTIMA do ciclo “Lieder eines fahrenden Gesellen” – Canções de um companheiro errante.
O arranjo de Schönberg, adaptado em 1920, de “Canções” teve sue Premiere no Carnegie Hall sómente em 1987 – vários anos depois destas canções terem-se tornado parte inprecindível do meu gosto musical, da minha vida, de minh'alma…
Bom ouvir a linda Measha Brueggergosman aqui com uma belíssima orquestra que acentua toda a musicalidade do compositor e emoldura sua voz…
Não vou continuar escrevendo pois realmente não é necessário. Está tudo aí. Tudo de presente para nós que admiramos verdadeiro talento.
São estes os momentos de profunda arte que fazem da minha vida um paraíso aqui nesta Terra.
Obrigado Measha & Gustav!
Do fundo do coração!
P.S. como é incrível e quase inacreditável pensar no que cantoras como Elisabeth Schwarzkopf disseram: "Voce tem que ser alemão para poder sentir e cantar estas canções alemãs".
Que coisa mais preconceituosa e políticamente mais do que errada, como um "modelo ultrapassado" que saiu já há muito de moda...
Pouco me admira que pessoas que são capazes de fazer comentários assim, tão radicais, não mais puderam entrar na Alemanha pós-guerra pois teriam sido presas por conta do seu "passado político".
Infelizmente ela virou austríaca, criou uma "ponte" daqui para o Covent Garden e teve uma carreira brilhante... sim, ela era daquele tipo: fantástica artista mas como pessoa um "zero à esquerda"...
Mas esta é "another story"...
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