quinta-feira, 10 de outubro de 2013

The Shape of Love e o dom da síntese: Kirkland & Dowell


Revendo uma cena que é importantíssima para mim e sem me importar que já uma vez a publiquei aqui, volto a tentar descrever (sim, é "tentar" mesmo) o que sinto quando a assisto... Espero que voces compartilhem esta emoção comigo...


Admiro demais as pessoas que possuem o poder, o dom da síntese.

Talento raro e por mim até “invejado” (no bom sentido) pois sou um daqueles que começam uma estória e aí se lembram de 25 outras, todas intercambiadas por algum banal motivo e aí “perdem o fio da meada” por nem saberem mais o porque de estar contando aquilo (e muito menos ainda o porque de terem começado este discurso… sim… sou também um daqueles "contadores cronicos" que, no caminho, se «perdem nos "entretantos" sem chegar aos "finalmentes"»)

Mas grandes artistas me fazem às vezes, raramente, adquirir o dom da síntese…
Porque talvez me inspirem já que eles o possuem... como nesta cena, na qual reúnem uma gama de emoções que vão de A a Z numa única palavra... amor.

No contexto da didática tradicional, a síntese é o ato de abordar as principais idéias e pontos de conexão de uma determinada lição. Ligá-los, por assim dizer...

Que outra palavra poderia descrever o que vejo e sinto quando assisto Gelsey Kirkland e Anthony Dowell na cena do balcão de “Romeo and Juliet” de MacMillan senão pura “PERFEIÇÃO”. Desde a perfeita música de Prokofieff, da coreografia à interpretação dos maravilhosos bailarinos...


Obrigado aos dois por tal momento de arte eternizado em video e no relato no imortal livro “The Shape of Love” (que nome mais apropriado quando penso nesta cena), no qual Gelsey nos fala de suas idéias (quase loucas) sobre a interpretação de Julieta e de sua maneira (quase científica) de trabalhar, ensaiar...

Mas tudo isto talvez pouco importe... é o resultado que conta: “PERFEIÇÃO”!

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