terça-feira, 29 de novembro de 2011

Uma dança erótica: Betty Grable & Cesar Romero... 20th Century Fox at its best!

"Springtime in the Rockies" é um musicalzinho bobo de 1942 (20th Century Fox) com o “elenco fixo da casa Fox”: Betty Grable, John Payne, Cesar Romero, Carmen Miranda e a maravilhosa Charlotte Greenwood, uma grande comica…
(As vezes fico até com a consciencia pesada... tanto trabalho investido para um filme ser feito e eu tenho a impáfia de dizer arrogantemente: "musicalzinho bobo"... not right, Ricardo, not right... ts ts ts... )


No Brasil ele chamou-se injustamente “Minha secretária brasileira” apesar do filme não girar em torno de Miss Miranda e sim ser um veículo para Betty Grable – que estava na época “arrasando” como Pin-Up Girl durante a II Guerra mundial… (esta foto por sinal, entrou no projeto do Life-Magazine como “uma das 100 fotos que mudaram o mundo”) e no auge de sua fase de estrelato!


O filme foi esquecido assim como a grande maioria dos seus “Astros”...

Um dia desses revi porém esta cena e parei para ve-la com mais cuidado, pois é um número do qual minha mãe muito gosta - eu queria entender porque já que é uma pessoa cujo gosto realemnet respeito – e, concentrando-me pela primeira vez nesta dança, gostei do que vi na dupla Grable/Romero… Ambos muito distantes de terem a elegancia, o flair e o “savoir-faire” de outros casais dançantes da sétima arte – mas mesmo assim, de uma forma pessoal e cheia de personalidade bons, muito bons… e sensuais!

Romero não teve a carreira que lhe foi prevista nos anos 30… Em “O diabo é uma mulher” (1935, Joseph von Sternberg) a “química“ não funcionou entre ele e Marlene Dietrich.
Muitos tentam justificar este fenomeno no fato de Romero ter sido gay (o que aliás sempre assumidamente foi, bem ao contrário de outros atores que começaram no cinema na década de 30 como Cary Grant & Co.).

Não sei bem mas fato é que ele, como “leading man”, torna-se patético (e afeminado) ao lado da “ardente” (e dominadora) Concha Pérez de Dietrich… como se os papéis houvessem sido invertidos.
Direção proposital de Sternberg?


Mais sobre Marlene, Sternberg, Romero e o mundo de “The devil is a woman” numa outra Tertúlia… Interessante trabalho! (Não disse "bom", OK?)

Mas, como de costume nos últimos tempos, já estou saindo do assunto principal desta “Tertúlia” e “voando” por outros lugares…

Voltemos ao tema:
Grable e Romero tem duas cenas nesse filme – não resisto a colocar uma foto da outra já que Betty Grable se entrega completamente à esta “animadíssima” dança e ao "Swing" de Harry James!


Grable no auge de sua carreira (já que “Rockies" foi seu filme de maior sucesso), Romero (que não era o galã – trabalho que foi confiado ao bonitão John Payne) já assumidamente ator coadjuvante

(antes de encontrar seu definitivo lugar no mundo do Show-Business como o “Coringa” da série Batman dos anos 60)
num lindo número que tem um “quoi” de erotismo...

Contido, sério, sóbrio…

Bem ao estilo da Fox nos anos 40.

Gosto. muito!

Para voces Grable e Romero ao som de Harry James, que viria ser marido de Betty Grable por 22 anos, num casamento atormentado pelo alcoolismo e pela infelicidade…

Grable foi-se tao jovem…
Aquela que por quase uma década (nos anos 40) pertenceu à lista dos “top ten movie stars” e reinou em Hollywood, morreu, práticamente esquecida, aos 56 anos de idade… mas já estou de novo colocando o "carro na frente dos bois" e isso ficará para uma outra "Tertúlia"...

Nenhum comentário: