Sempre adorei Duardo Dusek!
Desde que me lembro fui seu fã de carteirinha... carioquíssimo, copacabanense assumido... Uma vez quase chegamos a trabalhar juntos... O projeto era "Os sete pecados capitais" de Brecht dirigido por e com Louise Cardoso... mas eu vim para cá... Será que este projeto foi a frente? Tenho que perguntar uma vez à Louise...
Eu não o assisti em "Desgraças de uma criança" e acho que foi nos anos 70 que li pela vez seu nome para saber quem era o compositor de „Alô, Alô“ („Quem fala, é do Brasil? Alô, Alô, Alô… é da terra do anil?”) com a qual Marília Pêra parecia se esbaldar no palco do Teatro Casa Grande durante uma apresentação de “Feiticeira”… Depois ouvi mais uma de suas canções no Show “Camarim” de Ronaldo Resedá no Teatro Opinião.
Quem não se lembra dele num daqueles festivais de música cantando de ceroulas e asas de anjo “Nostradamus”?
Seus textos (inteligentíssimos por sinal) são
espirituosos (♫ ♪ “Levanta me traz um café, que o mundo acabou” ♫ ♪ ),
críticos (♪ ♫ “Troque o seu cachorro por uma criança pobre” ♫ ♪ ),
gaiatos (♪ ♫ “...quando cantava todo mundo ria. Só conseguiu emprego numa Churrascaria ♪ ♪),
bem compostos (♫ ♪ “Cachaça, Batida e Blitz, Mercedinho repleto de Vips, Joaninha, academia de Jiu-Jitsu… “♪ ♫ ),
"históricos" (♫ ♪ “foi encontrada na madrugada, fechadona com um tatú, caidona na calçada, recolhida pelo DLU ♫” ou “ ♫ Liguei prum “Toque e Tenha” qualquer e não tinha…”♪)
e muito espirituosos ( ♪“O Mar passa saborosamente (O Que?) a língua (Aonde?) na areia…”♫ ♪). Textos maravilhosamente levados!
Mas quem mais se lembra de um Duardo sério, romantico, apaixonado? Só eu?
“Meu Olhar Brasileiro” foi uma linda demonstração deste seu lado também tão rico…
Minha canção preferida foi e ainda é “Eu velejava em Voce”.
Uma Linda metáfora cheia de poesia…
A descobri num disco de vinil numa ida ao Brasil nos anos 80. E ainda o tenho. Desde então esta música me acompanha. Hoje mesmo ouvi-a no carro, ao caminho do trabalho. Duardo cantando “Velejava”. Bom como se pode aquecer a alma num dia frio de inverno como hoje…
Como ele mesmo diz:
♫ ♪ “Minha’alma cansada não faz cerimonia… Voce pode entrar sem bater!” ♪ ♫
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e aqui a gravação que conheci através de um disco de vinil... lindo arranjo, principalmente o "Sax" tão usado nos anos 80... Viva Dusek e sua brilhante eloquencia!
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