Eu estava com vontade de postar outras coisas, mais cinema e menos dança... Mas não consegui ao reencontrar Misha aos sons de "Sinatra". Não me lembrava mais desta peça. Foi demais. Não pude resistir! Vores irão compreender porque.
Sim, queridos Tertuliadores: That's life... Yeahh!!!!!
Aqui a coreografia da magnífica Twyla Tharp!!!!
(Sou, como se diz no Brasil, seu fã de carteirinha!): Sinatra Suite
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Ahhh... Twyla, que genio...
sábado, 29 de janeiro de 2011
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Mesas, Obras-de-Arte, Amigos queridos, Memórias e Rituais...
Adoro mesas... sim, elas nos reúnem ao redor da comida, nos levam para mundos distantes através de sabores exóticos ou caseiros, em longas conversas. São o lugar de maior comunicação e até de eloquencia numa casa… Aqui ainda nos reunimos muito para comer juntos. Sós ou com convidados. O “modernismo” dos jantares micro-ondas e de cada um comendo no seu “comodo” ou em frente a um computador ou à uma televisão ainda não se apoderou de nós… Lutamos com bravura contra certas "inovações" da sociedade atual... Estamos virando dinossauros mas como os amigos gostam...
As minhas mesas são na maioria das vezes muito simples, clássicas… “Brinco” um pouco mais com cores na época do Natal!
Detalhe, voces devem estar a se peguntar: por que laranjas à mesa? Meu pai, Fritz Leitner, me contava que durante sua infancia na Austria ele todo Natal recebia “laranjas da Espanha” – e o par obrigatório de skis – na época ainda de madeira… Colocar laranjas à mesa no dia de Natal é trazer de forma papai, a memória de um homem brilhante para perto da gente… Tudo tem uma história...
Adoro mesas bem postas… Elas revelam o carinho com que tratamos nossos convidados e nós mesmos. Transformam e apoiam essa comunicação acima mencionada ainda transformando-as mais num ritual. Como comer sempre deveria ser!
A “sensualidade” do “comer bem” que é tantas vezes esquecida.
Mesas de festa em dias especiais são importantes para mim…
Tenho uma grande fascinação por mesas brancas… como há pouco tempo aqui em casa decorei uma para um jantar com amigos. Adoro ver a comida em pratos ou brancos ou transparentes (Alguém já comeu creme de espinafre sobre um prato azul claro? Eu já… e não recomendo!)
A simplicidade deve se extender pelo “roteiro gastronomico” que oferemos – Não sou muito fã de muitas misturas… Principalmente desdes minhas viagens pela Asia nos anos 80 e 90... Jamais esquecerei o que um médico nutricionista em Singapore me disse... Muito me impressionou a forma dele descrever nossa alimentação "ocidental"... Desde então cozinho muito mais e amo apaixonadamente os melhores ingredientes, especiarias, cheiros e texturas, os selecionando com conhecimento, instinto, carinho e preocupação mas jamais exagerando em suas misturas… A simplicidade é saudável. Emocional-, gastronomica- e visualmente!
Adoro porém a "fartura emocional" de como nos são comunicadas as mesas do pintor suéco Carl Larsson como publicadas em seus livros de aquarela. O mais belo trabalho jamais feito sobre uma família, sua família… Vale realmente a pena ver, comprar seus livros! Retratam de forma sublime o dia-a-dia de sua família, as festas (como a de Santa Luzia no dia mais longo do verão, 21 de junho), as crianças crescendo, sua esposa cozinhando, sendo mãe, envelhecendo… um trabalho de altíssima sensibilidade e qualidade!
…e aquela "generosa fartura visual" tão típica dos dias de festa… Como me baseio nelas, nas mesas de Larsson, da Suécia as vezes...
Uma gostosa memória: uma das mesas mais lindas que vi foi na casa dos amigos Suely e Ricardo Stambowsky em setembro de 2008. Perfeita. Simplicidade, Finesse e boníssimo gosto em abundancia (pratos lindíssimos por sinal! Amo!).
Um jantar perfeito no qual eles reuniram alguns de seus mais queridos amigos ao meu redor. Um encontro tão agradável que durante ele fiz novos amigos com quem tenho o prazer de estar em contato até hoje!
Um momento muito querido e extremamente agradável. Eles são grandes anfitriões! Um dia vou copiar para eles umas „notas“ que li sobre Vivien Leigh e como preparava suas “Dinner-parties”. Semelhanças incríveis entre os livrinhos de anotações de Vivien e Suely...
Elegancia perfeita – da comida à mesa, da decoração aos convidados:
Menos é sempre mais!
Mas como dizia o anúncio com Audrey Hepburn para Longines? Elegance is an attitude! (e eu adiciono: que não pode-se nem aprender nem comprar...)
Fotos publicadas com autorização de Ricardo Stambowsky (que repondeu ao meu pedido com uma generosa e expontanea exclamação, tão típica dele: "Com prazer! Use e abuse!". Como eu disse: Elegance is an attitude. MESMO!)
Nota (Dezembro 2011): o resto desta "Tertúlia" foi deninitivamente excluído pelo fato do autor não mais se identificar com o conteúdo e não mais ter contato com as pessoas nela citadas.
As minhas mesas são na maioria das vezes muito simples, clássicas… “Brinco” um pouco mais com cores na época do Natal!
Detalhe, voces devem estar a se peguntar: por que laranjas à mesa? Meu pai, Fritz Leitner, me contava que durante sua infancia na Austria ele todo Natal recebia “laranjas da Espanha” – e o par obrigatório de skis – na época ainda de madeira… Colocar laranjas à mesa no dia de Natal é trazer de forma papai, a memória de um homem brilhante para perto da gente… Tudo tem uma história...
Adoro mesas bem postas… Elas revelam o carinho com que tratamos nossos convidados e nós mesmos. Transformam e apoiam essa comunicação acima mencionada ainda transformando-as mais num ritual. Como comer sempre deveria ser!
A “sensualidade” do “comer bem” que é tantas vezes esquecida.
Mesas de festa em dias especiais são importantes para mim…
Tenho uma grande fascinação por mesas brancas… como há pouco tempo aqui em casa decorei uma para um jantar com amigos. Adoro ver a comida em pratos ou brancos ou transparentes (Alguém já comeu creme de espinafre sobre um prato azul claro? Eu já… e não recomendo!)
A simplicidade deve se extender pelo “roteiro gastronomico” que oferemos – Não sou muito fã de muitas misturas… Principalmente desdes minhas viagens pela Asia nos anos 80 e 90... Jamais esquecerei o que um médico nutricionista em Singapore me disse... Muito me impressionou a forma dele descrever nossa alimentação "ocidental"... Desde então cozinho muito mais e amo apaixonadamente os melhores ingredientes, especiarias, cheiros e texturas, os selecionando com conhecimento, instinto, carinho e preocupação mas jamais exagerando em suas misturas… A simplicidade é saudável. Emocional-, gastronomica- e visualmente!
Adoro porém a "fartura emocional" de como nos são comunicadas as mesas do pintor suéco Carl Larsson como publicadas em seus livros de aquarela. O mais belo trabalho jamais feito sobre uma família, sua família… Vale realmente a pena ver, comprar seus livros! Retratam de forma sublime o dia-a-dia de sua família, as festas (como a de Santa Luzia no dia mais longo do verão, 21 de junho), as crianças crescendo, sua esposa cozinhando, sendo mãe, envelhecendo… um trabalho de altíssima sensibilidade e qualidade!
…e aquela "generosa fartura visual" tão típica dos dias de festa… Como me baseio nelas, nas mesas de Larsson, da Suécia as vezes...
Uma gostosa memória: uma das mesas mais lindas que vi foi na casa dos amigos Suely e Ricardo Stambowsky em setembro de 2008. Perfeita. Simplicidade, Finesse e boníssimo gosto em abundancia (pratos lindíssimos por sinal! Amo!).
Um jantar perfeito no qual eles reuniram alguns de seus mais queridos amigos ao meu redor. Um encontro tão agradável que durante ele fiz novos amigos com quem tenho o prazer de estar em contato até hoje!
Um momento muito querido e extremamente agradável. Eles são grandes anfitriões! Um dia vou copiar para eles umas „notas“ que li sobre Vivien Leigh e como preparava suas “Dinner-parties”. Semelhanças incríveis entre os livrinhos de anotações de Vivien e Suely...
Elegancia perfeita – da comida à mesa, da decoração aos convidados:
Menos é sempre mais!
Mas como dizia o anúncio com Audrey Hepburn para Longines? Elegance is an attitude! (e eu adiciono: que não pode-se nem aprender nem comprar...)
Fotos publicadas com autorização de Ricardo Stambowsky (que repondeu ao meu pedido com uma generosa e expontanea exclamação, tão típica dele: "Com prazer! Use e abuse!". Como eu disse: Elegance is an attitude. MESMO!)
Nota (Dezembro 2011): o resto desta "Tertúlia" foi deninitivamente excluído pelo fato do autor não mais se identificar com o conteúdo e não mais ter contato com as pessoas nela citadas.
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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Makarova & Baryshnikov: Sleeping Beauty Pas-de-Deux
Existem coisas sobre as quais nem temos, nem podemos ter uma opinião intermediária... ou são coisas que "se ama" ou coisas que "se odeia"...
Exemplos? Brócoli, cuentro, Angela Maria, Dercy, Barbra Streisand e... sim, Natalia Makarova. Já presenciei "brigas" sobre sua arte... Muitos a consideram maravilhosa, outros muito "superficial", ouvi até uma vez o adjetivo "socialite" para sua forma de dançar... Formas de pensar...
Respeito: Toda e qualquer opinião deve ser respeitada.
Porém como sou um grande admirador seu, resolvi publicar aqui um vídeo que descobri há pouco e que não conhecia... Como faz bem quando podemos encontrar coisas que ainda nos eram desconhecidas. Como me sinto mais "rico"!!! Volto a sentir-me "garoto", ainda com todo o mundo das Artes para ser descoberto no futuro... Aqui o pas-de-deux da "A Bela Adormecida" (Ballet que nos últimos anos tem sido muito menosprezado... ) com ela e Misha. Sim, uma filmagem que me era completamente desconhecida. Viva o "Youtube"!
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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
"City Lights": let's have fun with Liza?
Em 1977 Minelli participou de um Show chamado “The Act”. Bem “participou” não é a palavra mais apropriada para se usar… Liza era “The Act” pois estava todo o tempo no palco (parece-me que só por 4 minutos ao total não estava em cena).
Nunca assisti este show e só conhecia o disco (diga-se: de cor e salteado).
Encontrei no Youtube, para minha surpresa, uma cena dos Tony Awards com Liza e o Cast de “The Act” em “City Lights” – que aqui não invoca nada do clássico de Chaplin!
Sete minutos eletrizantes, deliciosos e carregados de energia!!!! Show-Bizz at its best!
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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Nús artísticos (ou "incoerências e contradições no mundo do Ballet")
Vienna’s State Opera (Staatsoper), Premiére dia 9/1 passado, de dois trabalhos do maravilhoso e incrível Jirí Kylian. Do GENIO Kylian. Principalmente “Bella Figura” foi notada pelos nús em cena (coisa nada comum aqui na Ópera) e por alguns lindos físicos como o de Vladimir Shishov, um maravilhoso bailarino (foto)!!!
Mas, para citar Nelson Rodrigues, "toda Nudez será castigada?" Porque?
Esta Premiére, aconteceu na mesma Ópera que, a pedidos do diretor do ballet, o frances Manuel Legris, despediu há alguns meses, sem aviso prévio, Karina Sarkissova (russa de nascimento e nesta foto com Mihail Sosnovschi, outro fantástico bailarino, em "La petite Mort" também de Kylian)
por ter posado nua para uma revista austríaca…
E isto vindo exatamente de Monsieur Legris que já em algumas vezes na vida foi modelo de nús artísticos…
e de alguns bem menos artísticos…
Quanta incoerência... „Faça com outros o que voce jamais faria para voce" ???? É esse o novo "ditado" do nosso mundo?
Aqui um curto trecho de "Bella Figura" com o Nederlands Dans Theater, "casa" por muitos anos de Kylian!
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Mas, para citar Nelson Rodrigues, "toda Nudez será castigada?" Porque?
Esta Premiére, aconteceu na mesma Ópera que, a pedidos do diretor do ballet, o frances Manuel Legris, despediu há alguns meses, sem aviso prévio, Karina Sarkissova (russa de nascimento e nesta foto com Mihail Sosnovschi, outro fantástico bailarino, em "La petite Mort" também de Kylian)
por ter posado nua para uma revista austríaca…
E isto vindo exatamente de Monsieur Legris que já em algumas vezes na vida foi modelo de nús artísticos…
e de alguns bem menos artísticos…
Quanta incoerência... „Faça com outros o que voce jamais faria para voce" ???? É esse o novo "ditado" do nosso mundo?
Aqui um curto trecho de "Bella Figura" com o Nederlands Dans Theater, "casa" por muitos anos de Kylian!
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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Falando de Amor: till there was you...
Apesar de conhecer-mos coisas já há anos, derepente elas nos tocam, nos fazem ouvir, ver, sentir como se estivésse-mos ouvindo-as, vendo-as, sentindo-as pela primeira vez... Foi o caso que se sucedeu com esta canção e comigo...
Gostaria hoje de dedicar esta postagem, com uma maravilhosa composição do musical “The music Man” (Meredith Wilson) de 1957, a todos que tem a sorte de ter um amor e através dele conseguir "ouvir", “ver”, “sentir” mais do que acontece ao seu redor… De ter esta dádiva de poderem-se tornar mais perceptivos, derepente, de um momento para o outro, num instante, num abrir e fechar de olhos, para (e com) o mundo simplesmente por estarem no estado de alpha que é o amor!
Ódio nunca levou, em nenhuma época, nada a lugar nenhum. O amor, ao contrário, já movimentou montanhas…
Como o próprio texto diz: "Haviam sinos numa planície mas eu nunca os ouvi batendo, haviam pássaros no céu mas eu nunca os vi voando, havia amor por todo lado mas eu nunca o escutei cantando… até voce existir!”.
Sim, “até voce existir”…
Que coisa linda esta delicada percepção e que trabalho mais delicado esta música que é repleta de pureza e honestidade estonteantes.
No papel originalmente criado na Broadway pela fantástica Barbara Cook (e depois no cinema por Shirley Jones) vemos aqui minha querida Kristin Chernoweth com sua voz de soprano (que vezes chega às beiras de coloratura), seu grande talento, sua “entrega” total ao que faz e a felicidade que possui em estar cantando. Que maravilhosa artista. Kristin estrelou em 2003 o filme de TV “The music Man” ao lado de Matthew Broderick.
Mas o que importa hoje é este delicado texto, esta “performance” tão simples (e por este mesmo motivo tão rica) de Kristin e esta gama de emoções que esta simples canção e ela conseguem nos transmitir! Viva momentos assim!
♪ ♫ There were bells on a hill
But I never heard them ringing
No I never heard them at all
till there was you ♫ ♪
♪ ♫ There were birds in the sky
But I never saw them winging
No I never saw them at all
till there was you ♫ ♪
">
Then there was music and there were wonderful roses
They tell me in sweet fragrant meadows of dawn and dew
♫ ♪ There was love all around
But I never heard it singing
No I never heard it at all
till there was you ♫ ♪
till there was you
P.S. Alguém se lembra dos Beatles cantando esta mesma música?
Gostaria hoje de dedicar esta postagem, com uma maravilhosa composição do musical “The music Man” (Meredith Wilson) de 1957, a todos que tem a sorte de ter um amor e através dele conseguir "ouvir", “ver”, “sentir” mais do que acontece ao seu redor… De ter esta dádiva de poderem-se tornar mais perceptivos, derepente, de um momento para o outro, num instante, num abrir e fechar de olhos, para (e com) o mundo simplesmente por estarem no estado de alpha que é o amor!
Ódio nunca levou, em nenhuma época, nada a lugar nenhum. O amor, ao contrário, já movimentou montanhas…
Como o próprio texto diz: "Haviam sinos numa planície mas eu nunca os ouvi batendo, haviam pássaros no céu mas eu nunca os vi voando, havia amor por todo lado mas eu nunca o escutei cantando… até voce existir!”.
Sim, “até voce existir”…
Que coisa linda esta delicada percepção e que trabalho mais delicado esta música que é repleta de pureza e honestidade estonteantes.
No papel originalmente criado na Broadway pela fantástica Barbara Cook (e depois no cinema por Shirley Jones) vemos aqui minha querida Kristin Chernoweth com sua voz de soprano (que vezes chega às beiras de coloratura), seu grande talento, sua “entrega” total ao que faz e a felicidade que possui em estar cantando. Que maravilhosa artista. Kristin estrelou em 2003 o filme de TV “The music Man” ao lado de Matthew Broderick.
Mas o que importa hoje é este delicado texto, esta “performance” tão simples (e por este mesmo motivo tão rica) de Kristin e esta gama de emoções que esta simples canção e ela conseguem nos transmitir! Viva momentos assim!
♪ ♫ There were bells on a hill
But I never heard them ringing
No I never heard them at all
till there was you ♫ ♪
♪ ♫ There were birds in the sky
But I never saw them winging
No I never saw them at all
till there was you ♫ ♪
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Then there was music and there were wonderful roses
They tell me in sweet fragrant meadows of dawn and dew
♫ ♪ There was love all around
But I never heard it singing
No I never heard it at all
till there was you ♫ ♪
till there was you
P.S. Alguém se lembra dos Beatles cantando esta mesma música?
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sábado, 1 de janeiro de 2011
O concerto da Filarmonica de Viena e as Taças da minha avó... Hoje...
Acordar mais cedo no dia primeiro de janeiro faz parte do meu programa anual… toda uma manhã extremamente excitante espera por mim! Começamos com um petit-dejeuner com panquequinhas com geléia de apricot e coisinhas mais “fortes” – acabamos às 15:00 hs com patês, arenques, caviar, cocktails de camarão e champagne…
Começar o Ano, mesmo que em casa, em Viena consiste em algo de emocionante – bem, pelo menos para os amantes da música como eu, como nós aqui em casa… Viena apresenta-se neste dia do seu melhor lado, do lado mais conhecido em todo o mundo: mais uma vez uma celebração à música! Nosso Concerto de Ano-Novo com a Filarmonica de Viena é para mim um “must”. Este ano sob a regência do queridíssimo maestro austríaco Franz Welser-Möst (ele é de Ober-Österreich como minha família austríaca),
ouvimos um programa maravilhoso, durante o qual “pirei” literalmente: pela primeira vez ouvi partes de “Cachucha”, composição que transformou a bailarina austríaca Fanny Elssler num grande sucesso nos 1860s. Sim, ela literalmente sacudiu Viena (e escandalosamente, por sinal, o que acho ótimo!).
700 milhões de expectadores no mundo inteiro prestigiam este evento que ainda é o evento “live” de maior público na televisão mundial… desconhecido no Brasil. A "minha querida e apreciada” Globo (como Flavinha e eu diríamos… a “Grobis”) cancelou o contrato com o “Musikverein” ainda nos anos 60… e isso quando ainda se falava de cultura para o povo no Brasil… Bem, hoje em dia... 51 países assistem esse evento ao vivo.
Note-se que este ano o Ballet foi lindíssimo: começa-se a notar a influencia de Manuel Legris, novo diretor do Ballet aqui, e uma certa nota “empoeirada” como da Ópera de Paris… “empoeirada” é uma coisa OK… nada depreciativo pois como tem tudo que ver com Paris, tem também com Viena. Amei! Principalmente que “O Danúbio Azul” este ano foi bailado pelos “eleves” da escola de Ballet da Ópera! Nada de "espetaular" porém muito, muito sentido...
Este ano acordei realmente bem mais cedo e depois de lavar uma taças de champagne que usamos ontem à noite com amigos queridos no Reveillon dei-me conta de uma coisa: Essas taças são da minha avó por lado materno, do casamento dela… de 1915… e embarquei numa “viagem”: Imaginem só de quantas felicidades e festividades essas taças francesas são testemunhas… em quantos casamentos, bodas-de-prata e de ouro, festas, Reveillons, batizados, aniversários elas estiveram presentes… e isso numa família como a nossa, que sempre gostou de celebrar… Se estas taças pudessem falar, quantas coisas boas contariam… de risadas, sorrisos, amores, beijos, lágrimas, emoções… hoje me concientizei de quanta energia boa elas trazem com si… elas que só saíram dos armários para dias de festa... e aí tomamos mais uma taça de champagne, de manhã, assistindo o concerto (que começa aliás às 11:15hs!). As poucas que restam (10) e que foram todas usadas ontem à noite adicionaram Viena às suas memórias! Quantas estórias mais poderiam contar...
Aqui o final do concerto de hoje (que já está no youtube, incrível!), a Radetzky-March durante a qual o público pode bater palmas – pelo que me consta a única excessão à uma coisa que é completamente proibida no mundo da música…
Bem… enjoy… acabei de ver ao vivo há 3 horas atrás!!!!!!!!
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Começar o Ano, mesmo que em casa, em Viena consiste em algo de emocionante – bem, pelo menos para os amantes da música como eu, como nós aqui em casa… Viena apresenta-se neste dia do seu melhor lado, do lado mais conhecido em todo o mundo: mais uma vez uma celebração à música! Nosso Concerto de Ano-Novo com a Filarmonica de Viena é para mim um “must”. Este ano sob a regência do queridíssimo maestro austríaco Franz Welser-Möst (ele é de Ober-Österreich como minha família austríaca),
ouvimos um programa maravilhoso, durante o qual “pirei” literalmente: pela primeira vez ouvi partes de “Cachucha”, composição que transformou a bailarina austríaca Fanny Elssler num grande sucesso nos 1860s. Sim, ela literalmente sacudiu Viena (e escandalosamente, por sinal, o que acho ótimo!).
700 milhões de expectadores no mundo inteiro prestigiam este evento que ainda é o evento “live” de maior público na televisão mundial… desconhecido no Brasil. A "minha querida e apreciada” Globo (como Flavinha e eu diríamos… a “Grobis”) cancelou o contrato com o “Musikverein” ainda nos anos 60… e isso quando ainda se falava de cultura para o povo no Brasil… Bem, hoje em dia... 51 países assistem esse evento ao vivo.
Note-se que este ano o Ballet foi lindíssimo: começa-se a notar a influencia de Manuel Legris, novo diretor do Ballet aqui, e uma certa nota “empoeirada” como da Ópera de Paris… “empoeirada” é uma coisa OK… nada depreciativo pois como tem tudo que ver com Paris, tem também com Viena. Amei! Principalmente que “O Danúbio Azul” este ano foi bailado pelos “eleves” da escola de Ballet da Ópera! Nada de "espetaular" porém muito, muito sentido...
Este ano acordei realmente bem mais cedo e depois de lavar uma taças de champagne que usamos ontem à noite com amigos queridos no Reveillon dei-me conta de uma coisa: Essas taças são da minha avó por lado materno, do casamento dela… de 1915… e embarquei numa “viagem”: Imaginem só de quantas felicidades e festividades essas taças francesas são testemunhas… em quantos casamentos, bodas-de-prata e de ouro, festas, Reveillons, batizados, aniversários elas estiveram presentes… e isso numa família como a nossa, que sempre gostou de celebrar… Se estas taças pudessem falar, quantas coisas boas contariam… de risadas, sorrisos, amores, beijos, lágrimas, emoções… hoje me concientizei de quanta energia boa elas trazem com si… elas que só saíram dos armários para dias de festa... e aí tomamos mais uma taça de champagne, de manhã, assistindo o concerto (que começa aliás às 11:15hs!). As poucas que restam (10) e que foram todas usadas ontem à noite adicionaram Viena às suas memórias! Quantas estórias mais poderiam contar...
Aqui o final do concerto de hoje (que já está no youtube, incrível!), a Radetzky-March durante a qual o público pode bater palmas – pelo que me consta a única excessão à uma coisa que é completamente proibida no mundo da música…
Bem… enjoy… acabei de ver ao vivo há 3 horas atrás!!!!!!!!
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