sábado, 14 de fevereiro de 2009

The portrait of Jennie (1948)

Um filme inesquecível... apesar de ter sido completamente esquecido... Quanta mágica, quanta poesia!

Como explicar o “jogo” com o tempo que este filme indica, sugere??? Difícil…
A estória de um pintor sem exito que um dia conhece uma menina, muito estranha, muito peculiar, no Central Park. É comeco de noite, inverno, neve , 1948, apesar da Novella ter sido escrita para 1934, e esta pequena, ínfima pessoa de uns treze anos de idade (a linda Jennifer Jones ao lado de um altíssimo Joseph Cotten, que óbviamente estava em outro plano para a camera, para parecer mais alto do que “Jennie”) aparece como uma surpresa na vida do pintor e desperta uma nova motivacao para o seu trabalho, para sua carreira.. . Sua “cancao” já revela um pouco do “mistério” de seu “caráter”: “Where I came from, nobody knows, and where I am going, everyone goes”. Jennie só conta estórias que aconteceram há muitos anos... no início do século.
Ele para de pintar imagens de natureza morta e comeca a trabalhar num quadro lindo, cheio de vida : o retrato de Jennie - Jennifer Jones. E é incentivado por uma
Marchand de tableaux, no caso Ethel Barrymore.

A menina transforma-se de encontro em encontro, rápidamente, numa linda, fascinante mulher... Mas nao durante anos, porém durante dias, horas,minutos.…

Sua curiosidade e amor o levam à uma busca louca… Ele visita um convento onde Jennie estudou ( a madre superiora, Lillian Gish, vide minha postagem “ Lillian Gish vs. Greta Garbo – Manipulacoes da MGM“ de 16 de Maio de 2008) conta-lhe que Jennie foi uma linda estudante etc. e tal mas que sua MORTE foi muito trágica… num farol, num verdadeiro maremoto… e o dia do maremoto chega… e Joseph Cotten tenta salvar Jennie do seu destino, pela segunda vez… a manipulacao do tempo, o jogo com o tempo... Oh, que filme lindo… Só a forma como a música de Debussy é usada… e a direcao de William Dieterle. e meus queridos atores: Jennifer Jones, Joseph Cotten, Lillian Gish e a MARAVILHOSA Ethel Barrymore…
Este é também um filme que, no início, nao mostra o nome nem dos atores nem do diretor… Uma coisa muito “nova” para a época.
O quadro de Jennie, uma obra que, comprada por David O. Selznick, foi parte da decoracao do salao de Jennifer Jones durante o tempo em que foi casada com o famoso produtor (…e o vento levou)acabou nos leiloes da vida. O que entendo, pois é um lindo quadro realmente.

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