segunda-feira, 21 de abril de 2014
"Loverly": Julie Andrews e seu ar contemplativo como Eliza...
Desde a versão de George Cukor de „My fair Lady“ (Warner, 1964), com Audrey Hepburn, o primeiro número de Eliza (“Wouldn’t it be loverly?”) vem-se transformando erroneamente num número “feliz”, cheio de sorrisos, risadas, felicidade... mas não foi isso o que Alan Jay Lerner, Frederick Loewe e Moss Hart „visualizaram“ para Eliza...
Muito pelo contrário.
Na versão original ela canta „o que poderia ser” de um ponto de vista mais meditativo, contemplativo…
Esta sempre foi MINHA teoria – infelizmente não era nascido quando o original foi feito na Broadway na estação teatral de 1955/56 e por este motivo não tinha como provar minhas suposições...
Mas não é que a vida me proporciona certas felicidades????
Encontrei um video de Julie (Andrews) num programa de televisão de Ed Sullivan de 1960.
Maravilhosa descoberta: Julie já estava em «Camelot» ao lado de Richard Burton mas para este programa recria esta cena que tinha feito até o ano anterior (já em Londres, depois da Broadway) com a coreografia original…
...e notem, o “ar” contemplativo, meditativo…´nada de falsas felicidades e afetações. Uma "flower girl" sonhando com um mundo melhor. Só isso!
“Loverly”. Eu tinha razão!
E tudo isto adicionado à simplicidade da coreografia, da cenografia e do "staging": AMO!
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