domingo, 29 de dezembro de 2013

Happy New Year, wonderful world... Feliz Ano Novo, maravilhoso Mundo...


Ainda temos muitos motivos para considerar este um Mundo maravilhoso. Acredito nisso. Sim.

Que o Ano que brevemente iniciará nos traga mais motivos, mais razões, mais por ques para transformar este num Mundo ainda mais maravilhoso.

Saúde, Paz e Harmonia para todos Voces!


Me despeço de 2013 com as palavras de Satchmo nesta belíssima, eterna Canção de Esperança:

"I see friends shaking hands.....sayin.. how do you do
They're really sayin......i love you.

I hear babies cry...... I watch them grow
They'll learn much more.....than I'll never know
And I think to myself .....what a wonderful world"



quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Manon, 21ème Avril 2012 (Opéra Garnier), revisited...


„Manon“ and its complex characters occupied me for a long while this year... My “notes” (on Chevalier Des Grieux) which were meant as a gift to a gifted dancer (who was having some trouble finding the character) are a prove of that... But he found his Des Grieux – and he gave a more than excellent performance...


Later during the year I became more and more fascinated about Lescaut – and had the pleasure of watching some great performances by another very gifted dancer.

I wrote already about these dances as well about two different “Manons”. Roles not intended to be easy ones: complex characters full of different motives, drives and expectations in life. Just the way Sir Kenneth MacMillan loved them...


A few weeks ago, as if to “finalize” this so-called “Manon-phase” in my life, I found this version of the pas de trois de la chambre (Manon, Lescaut - her brother - and Monsieur de G.M.), which happens to me favourite part of the show and was strangely “impressed” by it – for the first time I sensed a subtle but very present touch of “incest” in the air, which I had never seen so distinctly in these characters... Another additional complexity for future Manons and Lescauts…

Wonderful performances by Clairemarie Osta (Manon), beautiful Stéphane Bullion (Lescaut) and Stéphane Phavorin (Monsieur de G.M.).

Bravo!
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“Manon” e seus complexos personagens me ocuparam por muito tempo este ano… Minhas “Notas” (sobre Chevalier Des Grieux) que foram intencionadas como um presente para um talentoso bailarino (que estava tendo alguns problemas em encontrar o personagem) são uma prova disto… Mas ele encontrou seu Des Grieux – e deu uma apresentação mais do que excelente …

Mais tarde durante o ano fiquei mais e mais fascinado por Lescaut – e tive o prazer de assistir algumas maravilhosas apresentações dadas por outro bailarino muito talentoso.

Já escrevi sobre estes bailarinos assim como sobre duas diferentes “Manons”. Papéis não intencionados a ser fáceis: personagens complexos cheios de diferentes motivos, ímpetos e expectativas na vida. Justamente como Sir Kenneth MacMillan os amava…


Algumas semanas atrás, como que para «finalizar» esta chamada «Fase de Manon» na minha vida, encontrei esta versão do pas de trois de la chambre (Manon, Lescaut - seu irmão - e Monsieur de G.M.), que é minha parte preferida deste Ballet e fiquei estranhamente “impressionado” por ela – pela primeira vez percebi um sutil porém presente toque de “incesto” no ar, que eu nunca tinha visto tão distintamente nestes personagens… Outra complexidade adicional para futuras Manons e Lescauts levarem em conta…

Maravilhosas execuções por Clairemarie Osta (Manon), pelo belíssimo Stéphane Bullion (Lescaut) e por Stéphane Phavorin (Monsieur de G.M.).

Bravo!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Merry Christmas!


Queridos todos, um feliz Natal para voces!

Dear All, a merry Christmas to you!


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Ballet-Hommage (December 15th, 2013)


A Premiere’s evening has always a certain trace in the air… a certain feeling of excitement… an unsual smell...

Even so I was not quite sure of what to expect...


You see, I have a big problem in understanding Forsythe’s “language” and I knew that the first ballet I was going to be confronted with was one oh his’. Anyways…
After leaving my coat at the checkroom I took my seat – a lovely one by the way – on the 7th row… just to find out that the lady beside me did not much care about washing herself.

Simply unbelievable. Unacceptable.

To make a (very) long story short: Forsythe’s dance language and the odeurs that this woman exhaled made it quite impossible for me to enjoy the first part of the show.

Miss Esina did not leave a lasting impression, a fact that has been quite common during this last season. Aloofness at its height!

Even so I could concentrate on very exact, precise performances full of joy and professionality given by Alice Firenze, Rafaella Sant’Anna and adorable Prisca Zeisel.


Alexis Forabosco’s confident stage presence as well as Vladimir Shishov’s and Mihail Sosnovschi’s “know-how” under/around the limelight made the first part of the show a pleasure.

Odeurs or not…

God...

I changed places after the intermission...

Second part:

At the beginning of the evening I have had the pleasure of meeting Natalia Horecna (and her Mother and a friend) and wish her personally a big “Merde".
She did not need it really – Miss Horecna’s choreography is a joy! It “tells a story”, it is made of flesh and blood… and it "stole the evening"!


I love her complete lack of hierarchy respect, simply mixing members of the corps de ballet with soloists (like Lazik, Peci, Papava, Sosnovschi) and tossing and mixing ingredients to get a better result… like in a very good organic-oriented kitchen. Miss Horecna’s “vision” is a very healthy one, combined with lots of joy… Even though the costumes by Christiane Devos were unimaginative and boring, “Contra Clockwise Witness” was the Star of the evening!

Impressive: the Death Angels played by Attila Bakó, and terribly talented Ryan Booth and Greig Matthews…

Third part of the show:

Études… what shall I say? Show-off? Circus? You name it… but we love it anyways….

Lovely Corps de Ballet, great Sylphides played by talented Eszter Ledán, Flavia Soares and Maria Tolstunova.


Kiyoka Hashimoto gave a very competent, correct performance. She unfortunately does not seem to be able to break the “fourth wall” on stage and “come through” to the audience…

Denys Cherevychko and Davide Dato “brought the house down” with their brilliant performances.
Roman Lazik was quite “out of place” in such company.



Lovely party after the show - and the chance to talk to some personalities of the world of dance that mean a lot to me: Dagmar Kronberger, Renato Zanella... lovely...

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Twyla Tharp, Hare Krishna, muita dança, Central Park... Alucinações sem LSD…



„Hair“ (Miloš Forman, 1979) é um filme que em partes me fascina, em outras me cansa…


A linguagem, para a época, tão conteporanea de Forman se perde num estilo que às vezes muito carece de criatividade… As cenas de dança, porém, coreografadas por Twyla Tharp, são momentos de puro prazer – extremamente bem fotografadas por Miroslav Ondříček (o que é muito raro num cinematógrafo que não é especializado em “dança”) elas são exatamente a melhor moldura possível para o trabalho de Tharp. Apesar de certa forma achar que a palavra “moldura” não é exatamente muito adequada… em si o trabalho de Twyla Tharp, apesar de rigorosamente ensaiado e metódicamente interpretado por bailarinos com grande formação técnica (também clássica), nos passa a impressão de pura liberdade… e porque emoldurá-la e não deixá-la livre? Mas esta é só a impressão que seu trabalho passa...

A mesma que nos deixava acreditar que tudo que Fred Astaire fazia era tão fácil…

Muitas de suas ex-bailarinas sofrem até hoje de artrose... ou seja, nada daquele "bom trato" ao corpo que muitos "contemporaneos" pregam...


Gosto de, à vezes, frisar certos comentários: por acaso um dia destes, comentando uma foto minha que havia encontrado há pouco tempo, reclamei de nela não “ter esticado o pé um milésimo de segundo antes”!!! Uma pena. Um ex-bailarino do meu tempo se referiu então à uma coreógrafa que na época andava pelo Rio (e que até trabalhou com Twyla nos anos 60) e disse que “ela nunca exigia que ninguém esticasse nenhuma parte do corpo”.


Este é o “pointe” pois aí está a diferença: Twyla exigia, exige. E este é o grande abismo entre os bailarinos contemporaneos com técnica e outros que não a possuem e usam este cliché de “ser contemporaneo” como uma boa desculpa para dançar de forma “desmazelada” sem a menor consideração técnica. Já vi muitos deles e cansei… que coisa mais envelhecida.

“Hare Krishna” é uma cena altamente inteligente. Isto podemos constatar no simples fato dela não ter „envelhecido“ 34 depois de ter sido filmada. Os hippies não parecem figuras caricatas de outros tempos, a camera é dinamicamente veloz, os cortes precisos dando o ritmo perfeito à linguagem de Forman/Tharp, a coreografia de Twyla é imortal, jovem, dinamica, criativa – como tantos dos seus primeiros trabalhos para o palco: Eight Jelly-Rolls, Push comes to Shove, Sue’s Leg, 9 Sinatra Songs e por aí vai a lista.


Mas o mais importante ainda deve ser dito: nesta cena dois movimentos culturais de duas diferentes geracões se derretem um no outro, transformando-a num delicioso “Mèlange”.
De um lado a música que nos fascinou nos anos 60, hinos de toda uma geração… do outro os movimentos de Twyla que se transformaria numa verdadeira sacerdotisa da dança nos anos 80, antes de ter caído no cliché que criou para si mesma e ter passado a acreditar nele. A música não se “adapta” à imagem que Tharp dá ao filme, Twyla não se adapta à música dos anos 60. As duas, numa maravilhosa simbiose, existem ao mesmo tempo individalmente e paralelamente unidas.


Momento único que nos faz, lá no fundo do escurinho do cinema, viver estes momentos loucamente – sem ter que, como John Savage na tela, tomar um ácido para alucinar…


Momentos mágicos e alucinates: a sacerdotisa (alguém me ajude: é Rose Marie Wright?) , o “ballet” na igreja e Beverly D’Angelo (que depois seguiria uma carreira tão insignificante) como a noiva grávida, de cócoras, “ciscando” o chão da Índia… Brilhantes imagens!

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Fred & Ginger: I'll be hard to handle! (RKO, 1935)

Para ser extremamente franco... só duas palavras...

To be extremely honest... just two words...


QUE MARAVILHA!

HOW MARVELOUS!




domingo, 1 de dezembro de 2013

Manon "revisited": 2013, Nov. 28th



Another critic about „Manon”? Just after a few weeks of having written one? Sure?

Yes…

On November 28th I got two (marvelous) tickets for the State Opera, just by the orchestra pit, on the fourth row. This “casualty” made it much easier for me to compare the performance with the one I had seen last October 22nd, which impressed me immensely.

Outra crítica sobre “Manon”? Só poucas semanas depois te ter escrito uma ? Tem certeza ?

Sim…

No dia 28 de Novembro recebi dois (maravilhosos) ingressos para a Ópera de Viena, na área da orquestra , na quarta fila. Esta “casualidade” fez-me mais fácilmente poder comparar esta apresentação com a que tinha assistido dia 22 de Outubro, que muito me impressionou.


It was a great pleasure to see again performances which I had so very liked. For instance Leonardo Basílio’s – a dancer with a brilliant future ahead of him- and Alexandru Tcacenco’s (even though I became suddenly aware that the casting was slightly different: there were four dancers for three roles... but that meant that, even if I’ve missed seeing more of Mr. Basilio, I was compensated by watching a lot of Mr. Dumitru Taran, a very gifted dancer that I very much admire!).

Others that went on delighting me and making me wonder why such supporting roles can sometimes leave a longer, more lasting impression on you than “main roles”, were four of the five courtesans that again gave very witty, intelligent performances: Reina Sawai, Prisca Zeisel, Maria Alati and lovely Eszter Ledán!

Foi um grande prazer rever apresentações da quais tinha muito gostado. Por exemplo as de Leonardo Basílio – um bailarino com um brilhante futuro à sua frente – e a de Alexandru Tcacenco (apesar de dar-me conta que a distribuição de papéis foi levemente alterada: haviam no programa 4 bailarinos para tres papéis… o que significou que, mesmo que eu tenha sentido falta de ver mais de Mr. Basílio, fui compensado por ver bastante de Mr. Dumitru Taran, bailarino muito talentoso e que muito admiro).

Outros que continuaram a me deleitar e fazer pensar porque papéis secundários podem deixar uma impressão tão mais longa e duradoura do que papéis principais, foram quatro das cinco cortesãs que mais uma vez deram interpretações muito espirituoas, inteligentes: Reina Sawai, Prisca Zeisel, Maria Alati e a encantadora Eszter Ledán!


Misha Sosnovschi was again (I wrote a lot about him last time) “the” perfect Lescaut. Chapeau, Monsieur Sosnovschi!

On the other hand magnificent roles like the Beggar’s King and the Warden were not “completely used”, as played by Mr. Marcin Dempc and Mr. Gabor Oberegger. It is, in the particular case of the Warden, very difficult to top Alexis Forabosco’s performance last October.

Misha Sosnovschi foi de novo (Escrevi muito sobre ele na última vez) “o” perfeito Lecaut. Chapeau, Monsieur Sosnovschi!

Mas, ao contrário, magníficos papéis como o Rei dos Mendigos e o administrador da prisão não foram completamente “usados” com a interpretação de Mr. Marcin Dempc e Mr. Gabor Oberegger. É, no caso particular do administrador, muito difícil superar a apresentação de Alexis Forabosco de outubro deste ano.

Alice Firenze… belíssima danzatrice… I use the word “danzatrice” on purpose. Miss Firenze is not only a beautiful, gifted, sensitive dancer but also a very good actress… Miss Firenze gave life to a role that can be very tricky… If not perfectly interpreted it can become dull and boring. But no fear about that when Alice Firenze is on stage. There is always a certain “fire in the air” every time she performs.

She is also the sort of dancer that never leaves a movement unfinished. With a great sense of musicality she even extends certain movements to a maximum length, which I had not seen before… And that is not easy at all during the “drunken Pas de Deux” with Lescaut. A slow one… The fact of appointing Miss Firenze to the soloist category was one of the most well deserved acts during Manuel Legris’ direction period.
I love this kind of talent – not easy to describe in simple, ephemeral words.

Alice Firenze… belíssima danzatrice… Uso a palvra “danzatrice” propositalmente. Miss Firenze não é só uma bonita, talentosa, sensível bailarina mas também uma muito boa atriz… Miss Firnze deu vida a um papel que pode ser muito complicado… Senão perfeitamente interpretado ele pode tornar-se tedioso e maçante. Mas não há perigo disso quando Miss Firenze está no palco. Sempre existe um certo «fogo no ar» quando ela se apresenta.

Ela é também uma daquelas bailarinas que nunca deixam um movimento inacabado. Com seu grande tino musical ela estende certos movimentos ao maximo do comprimento, que eu nunca antes tinha visto… E isto nao é nada fácil durante o “Pas de Deux bebado” com Lescaut. Um que è muito vagaroso… O fato de Miss Firenze ter sido nomeada solista foi um dos mais merecidos durante o período de direcao de Manuel Legris.
Amo esta espécie de talento – nada fácil de ser descrito em simples, efemeras palavras.


Manon and Olga Esina… Difficult to express it in any other way than “they were not meant to each other”. I once read a very clever interpretation of Miss Esina’s stage personality that called her a “Grace Kelly of the Ballet”. It went on to tell us about her remoteness/aloofness and chilly behaviour while performing. That “iceberg condition” in which Grace Kelly mostly existed…

Maria Yakovleva, even totally lacking Miss Esina’s precise technique, was a much more “human” Manon. Not a puppet doing the right things at the right minute.

Sometimes I had the feeling that Olga Esina was just “imitating” feelings… from act to act she went on imitating love, greed, fun, sadness, despair, surrender… That is surely the reason why I prefer her on more contemporary, abstract pieces: they become her much better… She once gave a wonderful performance of “Stravisnky’s Violin Concerto” from Balanchine which I have not forgotten until today – even if that part was immortalized by the great Carol Summer.

Manon e Olga Esina… difícil de expressar isso em outro modo que não seja “elas não foram feitas um a para a outra”. Uma vez li uma inteligente interpretação sobre a personalidade de Miss Esina no palco que a descreveu como um espécie de “Grace Kelly do Ballet”. A crítica continuou a nos contar sobre seu desinteresse, distancia e forma fria quando no palco. Aquele “estado de iceberg” no qual Grace kelly existiu…

Maria Yakovleva, mesmo sem nenhuma da precisa técnica de Miss Esina, foi uma Manon muito mais “humana”. Não uma marionete fazendo as coisas certas nos momentos certos.

Algumas vezes tive a sensação que Olga Esina estava só “imitando” sentimentos,,, de ato para ato ela continuou imitando amor, ganancia, divertimento, tristeza, desespero, capitulação… Esta é a razão porque prefiro-a em peças mais contemporaneas, abstratas: Elas lhe caem melhor… Ela deu uma vez uma linda interpretação am “Stravinsky’s Violin Concerto” que não esqueci até hoje - mesmo que aquele papel tenho sido eternizado pela grande Carol Summer.

But she is completely wrong for MacMillan. Her arms, which are still “too Russian”, were mostly far too high during arabesques and attitudes. Light years afar from the british world of dance. The very same arms were the reason why the last pas de deux (Manon’s death scene) was completely ineffective. They did not let the hands “die” (this is the first hint that audiences get that Manon’s end is near). The hands were too full of energy, not “relaxed dead” how they are intended to be in MacMillan’s choreography (the same way Juliet’s arms are dead in the Tomb scene in MacMillan’s “Romeo and Juliet”).

All this, added to the makeup that made her look like an imitation of Natalia Makarova, made me wonder why other strong dancers in the company did not have the chance to perform this incredible variation of a “beast” – one of my ways of describing Manon (during my last critic I described her as a sort of “Lola-Lola”).
But I must say that her interpretation of the Pas de Trois with Lescaut and Monsieur G.M. (marvelous Thomas Mayerhofer) was superb – a great example of dance in which a lot of emotional remoteness is required…

Miss Esina was the first dancer I ever saw taking her fist curtain calls after “Manon” smiling…

Mas ela é completamente errada para MacMillan. Seus braços, que ainda são «muito russos», estavam na maioria das vezes muito altos durante arabesques e attitudes. Anos-Luz em distancia do mundo de dança ingles. Os mesmos braços foram a razão porque o último Pas de Deux (A cena de morte de Manon) perdeu totalmente em efeito. Eles não deixaram as mãos “morrer” (esta é a primeira insinuação que o público recebe que o final de Manon está próximo). As mãos estevam cheias de muita energia, não «relaxadamente mortas» como elas são destinadas a ser na coreografia de MacMillan (da mesma forma como os braços de Julieta estão mortos na cena da tumba no “Romeu e Julieta” de MacMillan).
Tudo isso, adicionado à Maquiagem que a fez parecer uma imitação de Natalia Makarova, me fez pensar porque outras boas bailarinas na compania ainda não tiveram a oportunidade de interpretar esta maravilhosa variação de uma “besta” – uma das minhas formas de descrever Manon (na minha última crítica descrevi-a como uma espécie de “Lola-Lola”) .

Mas tenho que dizer que sua interpretação do Pas de Trois com Lescaut e Monsieur G.M. (magnífico Thomas Mayerhofer) foi soberba – um grande exemplo de dança na qual distancia emocional é requerida.

Miss Esina foi a primeira bailarina que vi sorrindo durante as primeiras cortinas depois de “Manon”…


Vladimir Shishov… what can I say unless “Premier Danseur”? Mr. Shishov showed us once more this beautiful, rare quality called “right” to be named premier danseur… I have seen many interesting “Chevalier Des Grieux” during my long “love affair” years with the ballet: Dowell, Wall, Legris, Malakhov… more recently here in Vienna Friedmann Vogel and even Roman Lazik…
Strangely enough I understood, at last and after so many years, much more of the character through Mr. Shishov’s interpretation – he gave Des Grieux a special “shine” that had not been there before, especially on the last performances which I had seen here in Vienna:
Youth…

Yes, his Des Grieux is a young man – exactly like he was written by Antoine-François Prévost – and this unique quality brought me to tears at the end of the evening.
Not Manon’s death but Des Grieux’s honest grief. I had never seen such a portrayal…

Vladimir Shishov
… o que posso dizer senão “Premier Danseur”? Mr. Shishov nos mostrou mais uma vez esta rara, bonita qualidade chamada “direito” de ser mencionado como um premier Danseur… Já assisti muito interessantes “Chevalier Des Grieux” durante os longos anos do meu “love affair” com o ballet: Dowell, Wall, Legris, Malakhov… mais recentemente aqui em Viena Friedmann Vogel e até Roman Lazik…
Estranhamente eu entendi, finalmente depois de tantos anos, muito mais do personagem através da interpretação de Mr. Shishov – ele «poliu» especialmente seu Des Grieux de uma forma que não tinha sido visto anteriormente, especialmente nas últimas apresentações que assisti em Viena:
Juventude…

Sim, seu Des Grieux é um jovem – exatamente como escrito por Antoine-François Prévost – e esta única qualidade me levou as lágrimas no final da noite.
Não a morte de Manon mas sim o sincero pesar de Des Grieux. Nunca havia assitido-o assim…