segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Neyde pintada por Júlio Oliveira (1964)

Júlio, pintor premiadíssimo, outrora muito respeitado porém hoje esquecido, fez este óleo de minha mãe no início de 1964… eu ainda me lembro destas sessões. Depois ele tentou comigo... mas aos quatro anos de idade eu nao parava sentado... Júlio amigo dos meus pais, cúmplice e incentivador de talentos, pessoa charmosa e culta, de humor e bom apetite, de bom gosto e cultura, o grande amor de minha Tia Else... um dia quero escrever mais sobre esta pessoa linda, MINHA Tia Elsinha, artista, filósofa, poetisa, membro da Academia Brasileira de Letras... e que aos 93 anos continua olhando para o futuro, feliz e em paz consigo. Mas de volta ao "portrait" de Neyde: Ele colocou-a um pouco “morena” neste quadro. Coisas da época, da "moda". Mas logo ela que não vai ao sol e prima, no Rio de Janeiro, por ter uma pele branquinha e sem manchas (e também sem rugas… )? Logo ela que é, como minha amiga Silvinha Caminada sempre diz: translúcida? O único defeito deste quadro, para mim, não está nesta morenisse “Gabriela, cravo e canela”, porém no corpo… Ela está muito mais Sophia Loren, mulherão, do que alguma vez já foi… um pouco desproporcional.

Ah, mas o rosto, perfeito! Este olhar, profundo e “triste” que minha mãe tinha… olhos que contam estórias. Como lembro-me desta Senhora que em breve cumprirá 80 anos, ainda assim, jovem, aos 34 anos, no explendor da vida... Minha mãe… Minha querida mãe: hoje celebramos cheios de felicidade – todos os amigos entenderão porque – um dia muito especial! (e juro que não estou falando da Independencia Brasileira!).

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