segunda-feira, 6 de abril de 2009

O Branco na Dança

Ninguém soube usar o branco como Maurice Bejárt em seus ballets... Que inspirado! Aqui Jorge Donn e (acho, nao estou com ceteza) Suzanne Farrell...



O branco é uma cor, que no palco pode ser linda… por outro lado ela é meio, não, extremamente perigosa se indevidamente usada.
Aqui outros exemplos...


Anna Pavlova na "Morte do Cisne"


...e a notória Isadora Duncan!

A “cor da pureza” usada pelas noivas foi “reinventada” para os vestidos de casamento por ninguém mais, ninguém menos do que a rainha Vitória para seu casamento em 1840. Até então o branco era a cor do luto para a nobreza no mundo ocidental (interessante pensar-se que o branco, até hoje, ainda é a cor do luto em muitos países orientais). Alguns séculos antes o branco realmente tinha sido usado num casamento nobre: o da menina Mary Stuart com o Dauphin da Franca. Só que com uma pequena diferença: ela realmente queria mostrar sua tristeza em casar-se com ele... Ele que morreria dois anos depois ao 16 anos de idade depois deixando-a uma viúva e ex-rainha da França aos 18 anos (com um destino bem complicado para resolver...). Bem, mas esta é outra estória para o futuro.


Mas também as "Ziegfeld Girls" nao prescindiam de um "branco" junto a um ocasional trabalho de pontas... que foto mais deliciosa, nao?


E "La Sylphide"...



Aqui uma jovem, linda e talentosíssima Natália Makarova no "Lago": Odette o cisne branco - ainda minha preferida!

Bem, de volta a 1840... Depois do casamento de rainha Vitória o branco tornou-se a cor mais usada em casamentos. O seu lado simbólico (“o verde é a esperança, o vermelho o ciúme e aí por diante!) foi tao “misturado” com a pureza e com a virgindade que já em 1841, ou seja um ano depois do casamento de Vitória, o branco entrou em cena no seu mais rico esplendor em termos de inspiração: em Giselle. O branco misturado com a líder das Willis, Myrtha ( a flor é o símbolo da pureza... Na "Ópera dos tres vinténs" de Brecht/ Weil ela é mencionada: "Und gibt's keine Myrthe im Haar" / "e nao existe nenhuma myrtha no cabelo", um comentário sobre um casamento que "nao foi bonito" pois, entre outros motivos, faltavam as myrthas no cabelo da noiva... ), transformou-se para sempre no símbolo da “castidade” (apesar da myrtha, a planta, na velha Roma ter sido considerada como o símbolo da fertilidade! Estranho paradoxo...).

De qualquer forma - Viva os efeitos visuais que o branco alcança no palco!





Tres "Giselles" sendo a última minha querida Evelyn Hart!



Aqui um dos exemplos mais tristes do mal emprego do branco: um "Monstro Branco", um Pavão horrendo! Coitada! Mas... o que é isto???????




Baryshnikov que algumas vezes, mais jovem (ainda mais "soviético"), deveria ter optado por outra cor, aqui em "Dom Quixote".



no clássico "Lago dos Cisnes",



... e mais recentemente na incrível versao do “Lago” de Matthew Bourne com os cisnes masculinos! Um trabalho genial!

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