Como alguém disse um dia: Garantia de gargalhadas...
Na minha infância ela trabalhou em muitos programas de televisão, como por exemplo “Café sem Concêrto” na extinta TV Tupi com comediantes como Ari Leite, Paulo Celestino... Mas já tinha feito muito dêsde os anos 50... inclusive Chanchadas. Aqui ela com Zé Trindade.
Eu me lembro que na época da morte de Paulo Pontes (1940 – 1976, imaginem só... morrer aos 36 anos) eu já fazia dança e aulas de teatro e fui a um espetáculo “da classe” dedicado à memória dêle no Teatro Carlos Gomes. Tôda a classe teatral, inclusive sua viúva Bibi Ferreira, estava presente. Eu consegui entrar e sentei-me com uma amiga num ótimo lugar, exatamente atrás de Chico Buarque de Hollanda e Francis Hime (mal imaginando que em menos de dois anos estaria trabalhando com os dois em “O Rei de Ramos” – vide minha postagem de 18 de agosto de 2008).
(Aqui uma foto de Nádia num filme ao lado de um ator que iria transformar-se num nome folclórico brasileiro: Abelardo Barbosa... Chacrinha!)
O espetáculo em memória de Paulo Pontes começou e práticamente um “Who’s Who” do teatro e televisao da época se apoderou do palco... Um momento de grande mágica aconteceu com a entrada de Nádia Maria que, como me recordo, estava usando um longo, um "boá" e uma imensa peruca, destas todas armadas... Ela interpretou um monólogo de uma peça que Paulo Pontes havia escrito para Derci Gonçalves. Como esta “recusou” o trabalho, a peça jamais foi produzida (eu, infelizmente, não me lembro mais do nome da peça... Tinha alguma coisa ou com “Guerreira” ou com “Diva”).
Nádia Maria fêz o Teatro Carlos Gomes literalmente “vir abaixo” com seu monólogo – e olhe que isto nao é coisa fácil de se fazer em noites quando a platéia tem mais membros da “classe” do que no palco... principalmente no Brasil... Eu até hoje guardo êste momento como um grande momento teatral que tive a oportunidade de vivenciar, um "tour-de-force". Nádia usou todos os seus truques e transformou-se numa espécie de Derci sem vulgaridades e palavroes – e acrescentou sua incrível risada ao personagem. Momento muito importante para mim e muito lembrado por mim, acima de tudo por ela ter sido uma atriz de programas cômicos, que não era "considerada", nao tinha um “grande nome” e não trabalhava na Globo (iria um dia para a Globo mas muitos anos depois...), e foi a personalidade da "noite" que recebeu os mais altos “Bravos”. Inesquecível! Quanto talento!
Nádia Maria fêz o Teatro Carlos Gomes literalmente “vir abaixo” com seu monólogo – e olhe que isto nao é coisa fácil de se fazer em noites quando a platéia tem mais membros da “classe” do que no palco... principalmente no Brasil... Eu até hoje guardo êste momento como um grande momento teatral que tive a oportunidade de vivenciar, um "tour-de-force". Nádia usou todos os seus truques e transformou-se numa espécie de Derci sem vulgaridades e palavroes – e acrescentou sua incrível risada ao personagem. Momento muito importante para mim e muito lembrado por mim, acima de tudo por ela ter sido uma atriz de programas cômicos, que não era "considerada", nao tinha um “grande nome” e não trabalhava na Globo (iria um dia para a Globo mas muitos anos depois...), e foi a personalidade da "noite" que recebeu os mais altos “Bravos”. Inesquecível! Quanto talento!
Lembro-me de Chico falando com Francis: “Mas o que aconteceu à esta môça? Maravilhosa...“.
Ah... se algumas vezes olhásse-mos um pouco mais para a direita ou para a esquerda... ou seja, se desligásse-mos da Globo e passásse-mos para outros canais... Nao é só na Globo que existe talento... Nao vimos filmes e talentos maravilhosos da "United", "RKO" e "Columbia"???? Nao era só na Metro e 20th Century...
Nádia Maria morreu em 16 de fevereiro de 2000, em Itaipava (RJ), de câncer no cérebro, após passar seis meses em coma. Estava com 68 anos. Todos lá no céu devem estar as gargalhadas com ela...
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