terça-feira, 21 de outubro de 2008

O que Streisand, Madonna e Lotte Lennya tem em comum?



They're playing MY song...

Sim, este foi o título de um show da Broadway dos anos 80.
Eu estou porém querendo referir-me a alguns casos de “roubo" de temas/músicas, o que nao é muito raro no mundo do show-business... Aqui tres exemplos de como atrizes principais conseguiram (ou tentaram) tirar músicas de suas companheiras de palco ou telao cinematográfico...

A “Ópera dos tres vinténs” (Die Dreigroschenoper, The three-penny Opera) de Brecht e Weil é um exemplo fascinante. Concebida no início dos anos 30, ela foi relancada pela grandiosa Lotte Lenyaa viúva de Kurt Weil – na metade dos anos 50 num teatro off-Broadway e manteve-se em cartaz até 1961. Um grande sucesso... com uma única diferenca: Quase todas as cancoes de Polly (a segunda “leading actress” da peca); aliás cancoes maravilhosas, com um caráter muito Brechtiniano foram incorporadas ao personagem “Jenny” – die spelunke Jenny – interpretado por ninguém menos do que Lotte Lenya.



Barbra Streisand, talentosíssima mas que nao deve ser nada "fácil" de aturar, queria, em Hello Dolly! (20th Century Fox 1969), incoporar “I’ll be wearing ribbons down my back” – uma linda melodia com um texto riquíssimo em lirismo (como por exemplo em “ Because a breeze might stir a rainbow up behind me; That might happen to catch the gentleman's eye”) ao seu personagem (Dolly) - o que nao tinha muito cabimento - mas apesar de ter lutado muito (muito mesmo!), o diretor do filme, Mr.Gene Kelly nao cedeu… e ela entao infernizou a vida de todos durante as filmagens. Bravo Gene!!!!! Barbra nao conseguiu o que tinha conseguido no palco em Funny Girl (1964) interpretando Fanny Brice - quando conseguiu que a única cancao de "Georgia", personagem secundário porém uma linda mulher, uma verdadeira “Show girl” de Ziegfeld fosse cortada da peca - e no cinema em Funny Girl (1968) - quando reduziu o personagem de Georgia(a talentosa Anne Francis) à tres ou quatro aparicoes... e tres ou quatro falas (Até hoje existe a piada: “Voce se lembra de Anne Francis em “Funny Girl”? e o outro responde: “A mae de Barbra?”) . Barbra realmente tinha um problema com mulheres bonitas... Será que ainda tem?

Bem; Gene nao cedeu mas o fato é que Marianne MacAndrew, a linda atriz que fazia a chapeleira Irene Molloy (e que cantava “Ribbons”) sumiu do planeta... Aqui no Internet nem se consegue encontrá-la... Nada... Eu queria tanto uma foto dela para cá...


Outro caso de roubo “descarado” (que escandalizou muito os fas de Andrew Lloyd Weber) foi o fato de Madonna, tentando ser "grandiosa", ter-se apoderado da balada mais linda de “Evita”: Another suitcase in another hall. Fato este que modificou um pouco da trama original, tirou qualquer luz positiva e simpatia do personagem da amantezinha menor de idade que era chamada por Perón de “Piranha” (que, no palco, tinha "seu" momento ao cantar esta balada). Mas o pior foi Madonna nao ter conseguido, nem com esta linda cancao, ter tido um exito melhor em Evita... faltou-lhe voz, ou melhor, alcance vocal para esta Ópera-Rock...
How embarassing!!!!!!!


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