sábado, 1 de junho de 2013
Don Quixote, 31.5.2013: Maria Yakovleva & Vladimir Shishov
Such a special evening... The Opera was full, the audience seemed to “understand” what it was all about and the performance on stage was fantastic.
I cannot use to many words to describe the greatness of the dancers on stage… It would seem profane… like an irreverence to what is sacred and, yes, ballet is sacred for many of us…
Que noite mais especial… A Ópera estava cheia, o público parecia “entender” o que estava acontecendo e a apresentação no palco foi fantástica.
Não posso usar muitas palavras para descrever a grandeza dos bailarinos no palco… Pareceria profano… como uma irreverência ao que é sagrado e, sim, Ballet é sagrado para muitos de nós…
Orchestra, Costumes, Lighting, Stage settings everything in full harmony…
Energy – lots of energy – flowing from the Stage of the State opera last night…
Demi-soloists like Greig Matthews making a terrific job at the Cops-de-Ballet, strong, muscular dancers like Alice Firenze “fighting” on stage (and looking very much like Bo Derek), Kirill Kourlaev as the great, imposing Torero, Misha Sosnosvschi catching the audience’s attention and milking applause with all his tricks as the gypsy… and, most importantly, each single element of the perfect Corps-de-Ballet involved in this happy staging… Rafaella D’albuquerque, Flavia Shishov! Energy, yes, lots of energy…
Orquestra, guarda-roupa, iluminação, cenários em total harmonia…
Energia – muita energia – fluíndo do palco da ópera na noite passada…
Demi-solistas como Greig Matthews fazendo um maravilhoso trabalho no corpo de baile, fortes, musculosas bailarinas como Alice Firenze “lutando” no palco (e relembrando demasiadamente Bo Derek), Kirill Lourlaev como o grande, imponente toureiro, Misha Sosnovschi captando toda a atenção da platéia e provocando aplausos como o Cigano com todos seus truques… e, o mais importante, cada único elemento do perfeito corpo-de-baile envolvido nesta feliz encenação... Rafaella D’albuquerque, Flavia Shishov! Energia, sim, muita energia…
Maria Yakovleva was simply divine. Her Kitri (Quitéria, by the way… I think this is funny because this was my great-Grandmother’s christian name!) was more than completely perfect. Funny, lovely, emotional, wild… and her Dulcinea on the second act… no words… like a piece of expensive china that should be treasured inside a vitrine… I felt some tears streaming down my face.
Yes, she touched me…
Thank you, Maria!
Maria Yakovleva estava simplesmente divina. Sua Kitri (Quitéria por sinal… Acho isto engraçado porque este era o pre-Nome da minha bisavó!) foi mais do que completamente perfeita. Engraçada, adorável, emocional, enfurecida… e sua Dulcinéa no segundo ato… sem palavras… como uma peça de cara porcelana que deveria ser apreciada dentro de uma vitrine… valiosa. Senti algumas lágrimas descendo pelo meu rosto.
Sim, ela me tocou…
Obrigado, Maria!
Vladimir Shishov… great, dear friend Vladi… what a naughty Basil…
He keeps on surprising me:
his Basil was really a young man… of 18 or 19… how come that a dancer can transform himself so much on stage?
Well, people say that Sarah Bernhard, while she was performing Jean D’Arc with more than 70 years old, turned to the audience, while she was asked about her age and said: I am sixteen… and everyone believed that. These great mysteries of the performing arts, of talent…
Well, even tough Nureyev’s choreography is the hell for the principal male dancer, Vladimir Shishov did a marvellous job. Even tough those endless, unnecessary Ronde-de-Jambes en l’air - which were “natural” for Rudolph and that were the reason why he added so many of them the choreography – and even if the solutions for the male part in the Coda of the third act are questionable, Mr. Shishov gave one of the greatest performances which I have ever seen of this choreography.
The audience simply loved him!
Vladimir Shishov… grande, querido amigo Vladi… que Basil endiabrado…
Ele continua a me surpreender:
seu Basil foi realmente um jovem… de 18 ou 19… como um bailarino pode transformar-se assim no palco?
Bem, diz-se que Sarah Bernhard, quando fazia Joana D’Arc com mais de 70, voltava-se para o público, enquanto era perguntada sobre sua idade e dizia: Tenho dezesseis anos… e todos acreditavam. Estes grandes mistérios da Arte cenica, do talento.. .
Bem, mesmo que a coreografia de Nureyev seja o inferno para o bailarino principal, Vladimir fez um grande trabalho. Mesmo que aqueles intermináveis, desnecessários Ronde-de-Jambes en l’air – que eram muito «naturais» para Rudolph e que foram a razão dele ter adicionado tantos à coreografia – e mesmo que as soluções para a parte masculina na Coda do terceiro ato sejam questionáveis, Sr. Shishov deu uma das melhores apresentações que eu já vi desta coreografia.
O público simplesmente o amou!
Chapeau, Mme. Yakovleva e Monsieur Shishov…. Great performance.
And then... a glass of wine, just the three of us, Flavia & Vladi Sishov and I, at "Sacher"! What a pleasure!
Tiro meu chapéu, Mme. Yakovleva et Monsieur Shishov. Grande apresentação. E aí... um copo de vinho, só nós tres, Flavia & Vladi Shishov e eu, no "Sacher"! Que prazer!
P.S. A funny fact happened during one of the intermissions. While I was having a glass of wine and eating some crayfish hors-d’œuvres I heard some people just beside me, criticizing Kirill Kourlave’s blond hair (because he was playing a Spanish man). Specially a couple that was quite loud… they seemed to belong to a viennese “ballet club” (or something like: that sort of “Fan stuff”).
I had to “get into this conversation” to remind them that Ingrid Bergman also played “Maria” in “For whom the bell tolls” (Hemingway’s great novel placed during the spanish civil War) and that she was a blue-eyed blond… like thousands of Spanish men and women that come from the Sierra Nevada! I don’t think this couple is going to talk to me again!
P.S. Um a coisa engraçada aconteceu durante uma das pausas. Enquanto eu estava tomando um copo de vinho e comendo uns hors-d’œuvres de caranguejo ouvi um casal, ao meu lado, criticando o cabelo louro de Kirill Kourlaev (porque estava fazendo um homem espanhol). Tive que “entrar nesta conversa” para lhes relembrar que Ingrid Bergman também interpretou “Maria” em “Por quem os sinos tocam” (A grande novela de Hemingway que ocorre durante a guerra civil espanhola) e que ela era uma loura de olhos azul… assim como milhares de homens e mulheres que vem da Sierra Nevada! Não acho que este casal falará comigo de novo!
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