domingo, 14 de agosto de 2011

I'm still here... Follies, Sondheim, Carlotta, Postcards, Shirley & Co.

Com o passar dos anos - Thank God - vamos compreendendo melhor certas coisas que, as vezes, até nem julgávamos tão triviais… Eu disse “certas coisas”. Outras não… Palavras que já eram densas tornam-se ainda mais fortes. Isso me aconteceu ouvindo um dias destes ♫ ♪ “I’m still here”! ♪ ♫


Já há alguns anos escrevi sobre o maravilhoso “Follies” de Stephen Sondheim, de como foi inspirado, do fracasso que foi, das atrizes “velhas” que usou… Uma verdadeira obra de arte. Uma obra muito densa de arte.
Vide minha postagem de agosto de 2008... Follies...
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Uma obra bastante incompreendida na época de sua estréia original…Agora “Follies” está de volta à Broadway de novo (com minha querida Bernadette Peters) e eu, que estive em maio em New York ( e perdi Peters em "A little Night Music"), estou aqui em Viena. Um triste caso – nada incomum comigo - de “bad-timing”! Ave.... struz!

♫ ♪ “Ainda estou aqui” (“I'm Still Here”) é mais do que uma canção para parar um show e provocar aplausos (apesar de ter este efeito sobre a platéia). Contada por um personagem (Carlotta) que “esteve lá”, que “viu tudo” e cantada por uma atriz, já não mais tão jovem, que adiciona seus anos reais de “show-business” aos do personagem, ela “mexe” com todos os membros do público… ♪♪ ♫

♪ ♫ Aqueles que “estiveram lá” podem se identificar profundamente com Carlotta e com a constatação que ainda “estão aqui”. Aqueles que ainda são muito jovens podem admirar a coragem e determinação de alguém que viveu e viveu para poder contar – e cantar - esta estória com uma paixão eletrificante! ♫ ♪


♫ ♪ Originalmente escrita para o personagem “Carlotta” (na produção original desempenhada pela deliciosa Yvonne de Carlo, para muitos conhecida “só” como Lilly Munster de “Os Monstros”) esta canção foi reescrita por Sondheim para adaptar-se ao personagem de Shirley MacLaine em “Postcards from the Edge” (1990, baseado no livro escrito em 1987 por Carrie Fischer), aqui interpretando uma des suas melhores amigas, Debbie Reynolds, a verdadeira mãe de Miss Fischer. ♫ ♪


Parece-me porém que com o decorrer dos anos, menos e menos pessoas entendem as referencias do texto – uma decorrencia idiomática e cultural bem comum… Infelizmente… Quem era “Zanuck”? O que é “Stock”? E “Camp” e “true blue Tramp”??? (e este é o texto “fácil”, o que foi reescrito para o filme… o “original” é bem mais complexo… )

Já há alguns anos escrevi sobre o maravilhoso “Follies” de Stephen Sondheim, de como foi inspitrado, do fracasso que foi, das atrizes “velhas” que usou… Uma verdadeira obra de arte. Uma obra muito densa de arte. Uma obra bastante incompreendida na época de sua estréia original…Agora “Follies” está na Broadway de novo com minha querida Bernadette Peters) e eu, que estive em maio em New York, estou aqui em Viena. Um triste caso – nada incomum - de “bad-timing”!


♫ ♪ “Ainda estou aqui” (“I'm Still Here”
) é mais do que uma canção para parar um show e provocar aplausos (apesar de ter este efeito sobre a platéia). Contada por um personagem (Carlotta) que “esteve lá”, que “viu tudo” e cantada por uma atriz, já não mais tão jovem, que adiciona seus anos reais de “show-business” aos do personagem, ela “mexe” com todos os membros do público… E MacLaine aqui, entre nous, está sensacional! ♪♪ ♫


Mesmo assim, para todos aqueles que podem compreender toda a complexidade do contexto, ela vale muito. No meu caso até acho que a compreendo mais e mais a cada dia… Bem, eu também “Ainda estou aqui”… E (como Streisand uma vez disse), uma das coisas positivas em se ficar velho é constatar que se pode sobreviver às decepções da vida...



I`M FEELING TRANSCENDENTAL
AM I HERE?

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