sábado, 6 de agosto de 2011

Begin the Beguine - para que supérfluas palavras????????

Palavras... Palavras...


Há alguns dias tive a ousadia de articular as seguintes palavras sobre Katharine Hepburn:

«Mas aqui estou eu de novo, com dificuldades para escrever sobre ela.
Kate sempre me deixou boquiaberto demais, sem palavras para poder sequer sugerir o que vejo e sinto na sua arte… Acho dificílimo expressar o que sinto com seu desempenho… Um bloqueio gramatical completo.
Talvez esse seja o real motivo de escrever tão pouco sobre ela… “


Desde então esta questão do “bloqueio” tem me ocupado bastante e “peu a peu” dou-me conta de ter esta mesma reação em relação à dezenas de coisas… como por exemplo esta cena abaixo com Fred & Eleanor Powell


Começo a perceber que para mim existem coisas que não mais tem o "must" de serem descritas com simples palavras… Elas já “são”: como no rosto, o ”mundo interior” de Katharine Hepburn… E no que se sente vendo um por-do-sol, ouvindo Mozart ou Puccini, olhando um quadro de Lautrec, assistindo Gelsey Kirkland e por aí vai a lista...

E a dança destes dois…

Se pudéssemos realmente decreve-la em palavras ela se transformaria em literatura, deixaria de ser dança…

Para que palavras? Está tudo aí… Está aí tudo "dito"...

N'est-ce pas?

Nenhum comentário: