segunda-feira, 7 de março de 2011

The Boy Friend, 1970

Hoje acordei tarde (tirei o dia livre !) e com vontade de ouvir a trilha sonora de «The Boy Friend», filme divertidíssimo, louco e alucinado de Ken Russell para a MGM de 1970.

Russell usou a estória que estava desde 1954 nas prateleiras da Metro, acrescentou uma peça dentro do filme e colocou o original não mais como “roteiro principal” porém com uma estória paralela “por trás dos bastidores”, já que o original seria "pueril" demais (e o "tom" cínico dos anos 50 seria mal compreendido nos 70).

Uma delícia de filme, uma declaração de amor ao filme musical.



“Polly” o personagem central, tinha sido criada na Broadway por uma mocinha inglesa de 19 anos, em 1954: Julie Andrews, que causou um grande impacto (e causaria um ainda maior no ano seguinte, em “My fair Lady”) tonando-se da noite para o dia "Broadway's darling". Para a versão cinemaográfica Julie não foi cogitada – já não tinha idade para ser uma “ingenue” e andava numa fase muito triste de sua carreira, com muita falta de exito... O disco do “original Broadway cast” de 1954 é uma destas delícias que um “tem que ter” e foi exatamente esta gravação que ouvi hoje pela manhã…



Twiggy (que na época foi chamada de ”deliciosamente amadora”) é Polly Brown, o grande e já falecido bailarino do Royal Ballet, Christopher Gable (sobre quem já algumas vezes escrevi aqui), é o “Namoradinho”. Um ótimo elenco coadjuvante liderado por Max Adrian (trabalhou muito com Russell), Moyra Fraser (enlouquecida como Madame Dubonnet), Antonia Ellis (que "arrasa" num Charleston... Antonia transformou-se depois na produtora de “Sex and the City”), Georgina Hale (com quem assisti muitos filmes... Seu número "It's never too late to fall in love" é uma delícia!), Barbara Windsor (fantástica como a empregada francesa!), Tommy Tune numa de suas raras aparições no cinema e até (pasmem) Glenda Jackson!!!! (como a real "estrela" do show que prende a perna num trilho de bonde... o que implica que sua "substituta" (Twiggy) tenha que entrar em cena... Que besteira!!! Que maravilha!!!)

Uma jóia de filme, bem empacotado dentro de um palquinho mágico onde tudo pode acontecer! Como uma caixinha de música!

(Sei que meu querido amigo Mauri vai gostar de rever estas ceninhas – dedico a ele esta “Tertúlia”!)






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