A TV dos anos 70... terrível às vezes mas como me enche de memórias!
„The Julie Andrews Hour“: consegui esta série completa via Internet. 24 Episódios de uma hora e números musicais e mais números musicais... Peggy Lee, Robert Goulet, Mama Cass, Harry Belafonte, Harve Presenell e tantos outros... Que delícia! Quanta diversão!
Esta série nunca passou completa nas nossas televisões brasileiras… Mas Walter Clark (Tio Walter, pai de minha melhor amiga), um genio em questões de Marketing, comprou-a e todo domingo em 1972 e 1973 alguma cena de algum episódio era emitida! Ele contou-me esta estória… E orgulhava-se de ter-mos saboreado Julie só em doses "homeopáticas". Eu, com meus 13 anos, já achava aquilo uma "pena". Acho que hoje me dia ninguém se lembra mais disto... E estes videos devem já ter desaparecido do acervo da "Grobis" (como eu e Flavinha, sua filha, chamáva-mos a atual fábrica de novelas que só produz aquelas variações tupiniquins de "Cinderella Complex" - que pouco diferem uma da outra) na qual nós tínhamos livre acesso no início dos anos 70.
Eu lembro-me muito bem desta cena abaixo – na realidade ainda tenho um cassete empoeirado com a gravação da música que fiz em frente à TV (Pobres dos meus pais... Era "Prohibido" falar enquanto eu gravava... Acreditam?). Voces se lembram daqueles gravadorezinhos, "super bacaninhas", portáteis, japoneses com microfone e daquelas pequeninas televisões (Sanyo) em preto-e-branco dos anos 70? Eu os tinha no meu quarto… Chic... e assim comecei meu «acervo» que até hoje nao parou de completar-se. Tanta coisa ainda a descobrir! Quem cresceu com vídeo e outras mordomias mal pode imaginar como nós, com aqueles gravadorezinhos primitivos, íamos (com eles escondidos) para o cinema “registrar” história… foi assim que gravei pela primeira vez a música e os inesquecíveis diálogos de “Singin’ in the rain” (no extinto Cinema 2 da Raul Pompéia no Rio). Estas fitas são interessantíssimas... sempre, além da péssima qualidade de som, incluem um comentário ou uma risada ou a tosse de um vizinho mas geralmente de um dos queridos amigos da infancia, da adolescencia... Tenho até uma com uma gritaria histérica... Um Morcego no Cinema Caruso! Até pararam o filme para pegar o pobre do Morcego...
Em 1972, só um ano depois do filme “The Boy Friend” de Ken Russell com Twiggy (vide minha postagem de 20.03.2008) Julie fez esta cena na qual canta “The Boyfriend” (com Alice Ghostley, sua “irmã” de Cinderella de 1957 e muito conhecida como "Esmeralda" da "Feiticeira" ), “Won’t you charleston with me?” (que foi o Show-Stoper mas não era uma canção de Julie) e « I could be happy with you ». Linda! Vivacidade pura! (Será que meu amigo Cláudio, "fã" do filme, conhece estas cenas?)
Por que? Ora, simplesmente porque Julie criou o papel de Polly em 1954 na Broadway antes de “My Fair Lady”. Seu primeiro papel nos U.S.A. aos 19 anos… Ela foi também um “Broadway’s Darling” no seu tempo! Julie (que em 1972 também estava um pouco "out") não foi cogitada para o filme, também pelo fato de estar muito "velha" para o papel de Polly - Julie já estava com 37 anos na época (Sua últime "Ingénue" foi Millie... do excelente "Thoroughly Modern Millie" sobre o qual terei um dia que fazer pelo menos umas tres postagens!).
“The Julie Andrews Hour” foi emitido 24 vezes e então cancelado…. Julie foi naquele ano nominada para um “Golden Globe” como melhor atriz em um “Musical Or Comedy Series”. Tarde demais. Julie já tinha entrado nos seus anos reclusos de ostracismo até voltar triunfante em “Victor, Victoria” (1982) dez anos depois, para ser nominada para um “Oscar” - sua terceira nominação by the way. Ah… quanto tempo perdido (para nós) sem Julie!
Os primeiros minutos pertencem à Alice Ghostley que sempre (referindo-se à "perfeição" de Julie) dizia: "Doesn't she make you sick?" Adoro...
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