domingo, 15 de março de 2009

Remembering: Emma Livry

Emma Livry (1842-1863) é realmente só uma vaga lembrança para o mundo do Ballet… Uma “nova estrêla” da Opera de Paris nos anos sessenta, ela rápidamente avançou não só na categoria de “Étoile” mas também como a "querida" de Paris… Jovem e talentosa ela estava reconquistando o título de prima-ballerina das estrêlas italianas que por tanto tempo reinaram nos tronos dos palcos francêses… Um dos seus maiores sucessos era “La Sylphide”. Uma noite Marie Taglioni estava no teatro assistindo uma apresentação de Livry… Ela, a criadora do personagem da Sylphide, ficou tão encantada com a “performance” de Livry, com este jovem talento que a partir deste momento não só transformou-a em sua “protegée” como também coreografou um ballet – sua única coreografia – para sua pupila: "Papillon". Emma brilhou intensamente como a borboleta criada por Taglioni.
Na época da iluminação à gas nos teatros, por razões de “segurança” as roupas usadas no palco tinham que ser banhadas num certo líquido que as deixariam mais resistentes contra o fogo, que de certa forma o retardariam… Infelizmente a Tulle do romântico Tutú ficava um pouco dura e até meio amarelada com o uso deste líquido, tirando assim todo o efeito etéreo que era necessário para o Ballet romântico. Emma Livry optou por não usá-lo e assinou no seu contrato que estava disposta “ a se arriscar”. Durante um espetáculo seu Tutú passou pela iluminacao e, apesar da tentativa de dois bailarinos em ajudá-la, ela realmente “pegou fogo” no palco, em frente a um horrorizado público. Uma tragédia. Emma sobreviveu este acidente mas oito mêses depois do ocurrido ela morreu num hospital, depois de muito sofrimento, das complicações causadas por suas queimaduras, pelo seu desejo de ser sincera com sua arte. Ela tinha 21 anos de idade.


Emma Livry foi a última “Ballerina romântica” já que o Ballet romântico estava perdendo seu público em Paris. Bournoville, na Dinamarca, conseguiu manter « La Sylphide » intacta, em repertório e esta é nossa sorte: Este lindo Ballet ainda vive hoje… Emma, pobrezinha, foi esquecida. Eu a visitei há muitos anos atrás no cemitério de Montmartre.

Um comentário:

Anônimo disse...


Olá amigo, parabéns pelo belo trabalho mantido que, embora eu nao seja conhecedor, apreciamos a beleza e a arte, assim como comove-nos seu carinho e forma de se expressar a respeito dos artista e da arte. Estava eu procurando algo sobre Emma Livry e encontrei seu blog. Eu nao sabia que ela era bailarina nem nada, sabai que ela havia falecido queimada mas nao sabia como.
Venho por esta lhe dizer caso nao saiba e possa interessar, que tem uma comunicação espiritual dela, em um livro intitulado "O Ceu e o Inferno Segundo o Espiritismo" Onde ela, em espirito, relata algo de seus padecimentos e despertar no mundo espiritual. Mutio nos tocou sua mensagem e por isso procuramos algo sobre ela e achamos seu blog. Um grande abraço e novamente nossos parabens e votos de luz e paz.