segunda-feira, 30 de junho de 2008

An affair to remember (1957)

“An affair to remember”/ “Tarde demais para esquecer” (1957) é um filme dirigido por Leo McCarey que também dirigiu a primeira versão, feita em 1939, e chamada “Love affair” que foi co-estrelada por Irene Dunne e Charles Boyer. Impressionante como as duas versões são práticamente idênticas – num plano realmente shot-by-shot – principalmente por McCarey ter usado em 1957 o mesmo roteiro que tinha usado em 1939. Uma pequena diferença existe no fato desta versão dos anos 50 ter ainda lançado a música “Our love affair”, não só interpretada por Vic Damone na abertura do filme como também pelo personagem de Kerr durante o filme, que se transformaria num grande sucesso.

Uma estória de amor com muito humor, êste filme desenvolve-se de uma forma bastante fluente; natural, fácil... até que um dêstes incidentes do destino cria complicações para os personagens centrais e para sua futura relação, colocando uma sombra de dúvida sobre o futuro dêles. Quando a estória está terminando, a importância da verdade, da comunicação e as artimanhas e armadilhas do destino vêm à tona, transformando a sequência final num diálogo bonito, de pêso e de imagens inesquecíveis.
“Affair” funciona por causa de seus diálogos, de sua simplicidade. Muitos críticos modernos torcem o nariz, zombam um pouco e amolam a faca do cinismo colocando o rótulo de “lacrimejante” nêste filme. A realidade porém é que nesta áurea época de Hollywood, dois atores como Deborah Kerr e Cary Grant, dominavam um filme do início ao fim, faziam o público suspirar, rir e chorar com a dose certa de carinho romântico e muito otimismo cego. Que simples. Que difícil seria esta tarefa hoje...

Um filme que possui um extremo bom-gôsto visual, bastante graça e muito charme. É muito bem escrito, bem atuado, carinhosamente dirigido e, sem dúvida, um filme que influenciou muito o gênero.

É de filmes assim que a mitologia de Hollywood é composta e nao é à toa que êste filme é o precursor de comédias românticas como, por exemplo, “Sleepless in Seattle” (que também têm “An affair to remember” como parte do seu “plot”). Há alguns anos parecia que não mais haveria espaço para filmes como êste mas de certa forma a “renascença” dêste particular estilo está bastante en vogue. Eu gostei de uma frase que li há pouco tempo: “This is the stuff dreams are made of for us, hopeless romantics around the world”. Não é?
A linda (e incrívelmente talentosa) Deborah Kerr (uma futura postagem sobre ela já está sendo planejada), hoje em dia não muito conhecida para gerações mais novas, estava no auge de sua popularidade quando “Affair” estreiou. No ano anterior ela tinha feito "The King & I" (e sido nominada para um Oscar apesar de ter sido dublada nas cancoes por Marni Nixon, que também dublou Audrey Hepburn em "My fair Lady" que nao foi nominada para o Oscar por sua Eliza, de onde se tira conclusoes que... bem, já é assunto para uma próxima postagem!). Ela está “perfeita” como Terry McKay: bonita & charmosa, engraçada & eloquente, faladora & ponderada, otimista & realista, apaixonada & nada egoísta. Como a maioria dos personagens de Hollywood ela, a partir do momento em que se apaixona, esquece do resto da vida, de tudo e de tôdos ao seu redor – sendo seu único objetivo amar e ser amada (Que cena linda quando seu aviao está pousando em NY e a aeromoca lhe mostra o Empire State Building... Que rosto mais translúcido...). Um processo similar acontece com o Nick Ferrante de Cary Grant.
O único laço verdadeiro, forte e real que parecia os unir é desfeito com a morte de “Janou”, a avó de Nick que morava na Cote D’azur (Cathleen Nesbitt – a grande atriz de caráter. Vide minhas postagens “My fair Juls” e “So long at the fair – outro caso de “gaslightning”).
Muitas vêzes nos referimos a “Affair” como “aquêle filme em que os dois atores principais marcam um encontro no alto do Empire State Building e ela nao chega lá...” mas êle é mais do que isso: êle é “O” exemplo romance clássico de Hollywood dos anos 50.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

So long at the fair (1950) – outro caso de “gaslightning”

Uma coincidência do destino fez-me encontrar este incrível filme. Eu estava passando férias de verão em Marbella quando, visitando a FNAC num Shopping-Center, um DVD chamado (em castellano) “Extrano Suceso” literalmente caiu nas minhas mãos! Alguém havia tirado-o da estante e não recolocado no devido lugar... Quando vi que era uma produção inglêsa fiquei interessado. Quando vi nomes como Jean Simmons, Dirk Bogarde, David Tomlinson fiquei ainda mais interessado. Quando porém li “Cathleen Nesbitt” (uma das minhas atrizes de caráter preferidas de todos os tempos. Alguém se lembra de “Janou”? a avó de “Tarde demais para esquecer”/ “An affair to remember”?) decidi na hora levá-lo. Uma decisão muito sábia, já que comprei naquele instante um dos filmes que iria transformar-se num dos meus prediletos, com lugar de destaque na minha (vasta) coleção.
Baseado numa destas comuns “lendas urbanas” (ou quem sabe numa estória verdadeira?) êste filme não é só interpretado por um magnífico elenco inglês (How I miss the incredible British Film Industry of the 50’s... ) como também é genuínamente cheio de “suspense” e ainda apresenta uma conclusão que além de surpreender, possui uma extrema lógica.
Li uma vez que Hitchcock ficou muito impressionado com este “pequeno” filme/traballho, o que já indica a “atmosfera” criada neste caso de “gaslightning” (vide minha postagem “Gaslight – um drama vitoriano e claustrofóbico”) também soberbamente filmado em prêto-e-branco.

Of course you don’t believe me. Nobody does! But I shall go on searching until I find him, do you hear me?”

Uma jovem dama inglesa (Jean Simmons) chega à Paris com seu irmão (David Tomlinson) para visitar a Exposição mundial de 1889. Ambos fazem o check-in num hotel dirigido por uma chamada Mme.Hervé (Cathleen Nesbitt) e depois saem para jantar no Moulin Rouge. Na manhã seguinte, depois de tomar seu “pequeno almoço” no quarto ela dirige-se ao quarto do irmao – só para constatar que não só ele sumiu como também o quarto...
Todos insistem que ela chegou só ao hotel. Nem a polícia nem o Consulado Britânico acreditam nela. Só um jovem estranho (Dirk Bogarde), a quem o irmão emprestou dinheiro na noite anterior. Neste ponto a intriga e o “suspense” estao começando...
Realmente muito recomendável!!!!!!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Cyd Charisse 1921 - 2008

Apesar da falta de tempo nao posso deixar de fazer uma homenagem hoje à uma das mais interessantes personalidades "dancantes" do cinema- uma das últimas da época dourada de Hollywood!!!! O par de pernas mais maravilhoso da estória do cinema (Dietrich que me perdoe!)


A atriz e bailarina americana Cyd Charisse morreu ontem em Los Angeles aos 87 anos de idade. Sua carreira comecou em 1943 e muitos filmes foram feitos antes de Gene Kelly dar-lhe um papel de extremo destaque no seu inesquecível "Singin' in the rain" (vide acima). Fred Astaire chamou-a de "beautiful dynamite" - um apelido mais do que perfeito para ela!!!!!



Alguns de seus mais incríveis trabalhos e momentos de danca aconteceram em filmes como "Singin' in the rain" (1952), "The band wagon" (1953), "Brigadoon" (1954) e "Silk Stockings" (1957). Quem poderá esquecer-se também do "Girl hunt ballet" e de "Dancing in the dark" (ambos de "The band wagon"/ A roda da fortuna) ou de "All of you" e "Red blues" de "Silk stockings" / Meias de seda)???? No total ela trabalhou em 38 filmes...


Uma das mais incríveis bailarinas do cinema... e provávelmente a mais elegante, ela viverá eternamente na nossa memória!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Paul Gallico e suas lindas estórias: de Mrs. 'Arris à Lili

Quem não gosta de ouvir uma estória? Eu particularmente adoro ouví-las e, às vezes, até contá-las. Mas as estórias não são minhas, nao fui eu que as criei, eu só as repito. Paul Gallico, sabia como escrevê-las, contá-las... Poucas vezes li “estórias” tão cheias de magia e fantasia como as suas, apesar de serem às vezes corriqueiras e tratarem de fatos que não são nem explendorosos, nem significativos. Seus livros, que contém um humor maravilhoso, lembram-me às vezes de pequenas composições de Schumann... Eles falam das coisas “pequenas” da vida, das pequenas emoções, de um jantar simples, de uma cerveja num pub, de um relógio, do amor... nada de tragédias explendorosas numa fragata ao som do barulho de saias de sêda, nenhum duelo, nehuma morte trágica ao som de violinos ciganos... só das coisas simples da vida... e de gansos, vacas, gatos, de marionetes e até de um vestido de Dior, entre outros!
Um dos meus preferidos é “Flowers for Mrs Harris” – a estória sobre a “linda” Mrs. Ada ‘Arris – uma das pessoas mais queridas que já encontrei num livro, uma charwoman inglesa e cockney de idade (indefinida), que acidentalmente na casa de uma de suas patroas vê um vestido de Dior: A partir deste dia “ter um vestido de Dior” passa a ser o sentido de sua vida (apesar de só querer tê-lo, nao para usá-lo!). Muito tempo depois, depois de ter jogado no sweepstake, de ter recebido um recompensa por ter achado (e devolvido) jóias, de ter parado de ir ao pub para beber uma cervejinha com uma amiga, de ter deixado de apanhar o ônibus para ir trabalhar e de ter encontrado várias faxinas extras e trabalhos de lavadeira etc. Para fazer, Ada ‘Arris sobe num vôo para Paris – com um chapéu que tem uma flôr que, por alguma razao só conhecida a Paul Gallico, sempre está em direção ao Norte, com sua “leather-imitation handbag” e o exato dinheiro economizado com muito suor para comprar um vestido de Dior e para comer um sandwich e tomar um chá. Mas aí suas aventuras começam e este anjo de pessoa só leva o bem e o amor a todos que entram em contato com ela...

Ada ‘arris ainda apareceria em três mais livros de Paul Gallico: Mrs ‘Arris goes to New York, Mrs ‘Arris goes to Parliament e Mrs ‘Arris goes to Moscow.

Um livro de uma magia incrível é seu “Jennie”: a estória de um menininho de boa família que é transformado, por circunstâncias do destino, num gatinho branco e que encontra Jennie – uma gatinha “de rua” (porém de decendência egípcia) que o ensina a como se portar como um gato... Os dois fazem viagens e vao até à Escócia juntos. Um lindo conto de fadas para adultos!

Seu trabalho, muito variado, inspirou também a muitos outros: “The Clock” um sensibilíssimo filme de Vincente Minelli com Judy Garland e Robert Walker foi inspirado numa de suas estórias, assim como o filme “Poseidon” (muito estranho vêr este nome associado ao de Gallico, talvez por ser muito diferente do resto do seu trabalho em têrmos de estilo).


Um trabalho muito lindo foi o livro”The love of the seven dolls” – que gerou o filme da MGM “Lili” em 1953 com a linda Leslie Caron (nominada ao Oscar!) e Mel Ferrer. Esta fábula que tanto encantou as criancas da minha geracao (lembro-me de te-lo visto no extinto Metro Copacabana... que cinema mais lindo!) , foi depois transformada num musical da Broadway chamado “Carnival” (com Ana Maria Alberghetti). Inesquecíveis: as várias personalidades do “Puppeteer” reflexionadas individualmente em cada uma de suas marionetes (e todas apaixonadas por Lili) e o fato até sobrenatural com o qual o livro e o filme acabam – enquanto os braços dêle estao ocupadíssimos abraçando Lili, as marionetes se dirigem ao proscênio e sorriem, como que dando sua benção, sua aprovacao a êste amor...

Seu único sucesso de crítica foi lancado em 1940: The Snow Goose.
Gallico nunca recebeu um Pullitzer-Prize, como as vezes é contado erroneamente em várias páginas do internet. Ele morreu em 1976 em Antibes.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

The doctor's dilemma (1958)

Uma peça não muito popular de George Bernard Shaw que foi encenada pela primeira vez em 1906. Um tema muito revolucionário para a época e, hoje em dia, até nauseante: como pode alguém colocar-se na posição de “Deus” para decidir se vidas serão ou não salvas???? Um lado porém muito positivo deste trabalho é o fato de Shaw ter mostrado abertamente como dinheiro também “compra” a vida e o trabalho de cirurgiões... Na época Shaw baseou o médico da peça num exemplo da vida real, um otorrino-laringologista de Londres que “inventou” uma certa cirurgia para retirar a úvula (palatine uvula), que não ajudou ninguém; nenhum de seus pacientes, porém lhe trouxe uma pequena fortuna, apesar desta realmente nao ter nenhuma função ou uso, em termos de medicina. Shaw analiza a falta de sentido que pode existir na medicina em comparação à real necessidade desta que muito existe. Mas o dinheiro às vezes “fala mais alto”... Estamos muito distantes disto hoje em dia?

Mrs. Dubedat ama e idolatra seu marido Louis, um artista. Ele porém está morrendo de tuberculose. Ela consulta um médico e consegue convencê-lo de salvar sua vida...Êste médico não consegue mais atender tantos pacientes e têm que escolher entre as vidas que vai salvar (Êle decide entre a vida e a morte! Êle assumiu o papel de Deus... ). Ele está convencido de que a vida de Louis é “digna” de ser salva. Mas quando seus colegas de profissão conhecem Louis descobrem que ele é uma pessoa que só “brinca com a vida” – pegando emprestado dinheiro de todos, sendo desonesto, mentiroso e até bígamo (por uma coincidência do destino, sua primeira esposa é empregada na casa aonde estão todos reunidos nesta noite para um jantar). Entao o inevitável acontece e médico entra em seu dilema: deve ele deixar Louis morrer, deixando Mrs. Dubedat com a imagem positiva (e quase idolatrada) que faz dêle ou deve salvá-lo – junto com seus talentos artísticos – mas porém forçá-la a encarar seus defeitos, seu caráter, suas falhas desapreciáveis e sua bigamia??????? Êle opta por não operá-lo...

Vivien Leigh fez Mrs. Dubedat no palco inglês, aqui ela, uma hippie da época, é interpretada por uma sensível Leslie Caron, distante anos luz de An american in Paris (Sinfonia em Paris), Daddy long Legs (Papai Pernilongo), Lili, Gabi e Gigi (apesar dêste ter sido feito no mesmo ano que “The doctor’s dilemma”). Papéis maravilhosos ainda estavam para vir... como a filha da peixeira em “Fanny”, o grande “The L-shaped room” – filme pelo qual seria nominada ao Oscar de melhor atriz e a “louca” avant-gardista Ala Nazimova em “Valentino” de Ken Russel (vide minha postagem). “The brute” Louis é interpretado por Dirk Bogarde. Grandioso. Como sempre. Aqui a foto da hora da morte de Louis... ela se dá conta e pergunta quase secamente: "Was that it? was that death?" - um grande momento...
O Diretor foi Anthony Asquith. Uma produção inglêsa da MGM de 1958.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Dance, Girl, Dance (1940): I love Lucy???????

„Dance, Girl, Dance“ é um dos poucos filmes “clássicos” de Hollywood feito por uma mulher: Dorothy Azner. Êste filme foi feito com uma relativa “flexibilidade”, bastante comum no sistema de produção da RKO, um estúdio nao muito famoso por investir tempo e dinheiro em ensaios (como no caso da MGM e, depois, da 20th Century Fox).
Hoje em dia existe um interpretação toda “feminista” sôbre este filme – eu considero às vêzes estas interpretações realmente hilárias: é como tudo que anda sendo escrito sobre o “Cinema Nôvo”, ou seja, passamos à interpretar intelectualmente coisas que foram feitas intuitivamente... mas isto é uma tendência natural hoje em dia – tudo parece, no papel pelo menos, ser mais importante do que realmente é...

Este filme nao é nada de especial, na realidade muito trivial. Sómente muito interessante por mostrar Lucille Ball de uma forma muito diferente da qual a conhecemos... este é o único "valor" dele. A estória é simples mas repleta de detalhes bem pitorescos apesar de serem clichées básicos. A disputa entre as duas atrizes principais: Maureen O’Hara, vindo de uma aclamada atuação como Esmeralda no “O corcunda de Notre Dame” e, pasmem, Lucille Ball ainda bem antes de ter sido total- e definitivamente redefinida e reinventada para a comédia e para a TV... O antagonismo entre estes dois personagens é interessantíssimo: Maureen, a bailarininha clássica e Lucille, “Bubbles”, aquela que abandonou o ballet clássico para transformar-se numa rainha de burlesco, dançando até o “Hoola” e com muito “Oooomph” (Até hoje “Ooomph” nao foi realmente definido mas Anne Sheridan, a “Ooomph-girl” deveu sua carreira a êle,). Lucy, corajosa- e descaradamente inspirada pela stripper “Gypsy” Rose Lee, tem dois números musicais, um dêles (“My mother told me”) involvendo parte de sua roupas sendo levadas pelo “vento”. Ela é uma mentirosa manipuladora, uma mulher oportunista e vulgar e de moral “questionável”, que sugere a dose certa da promiscuidade aceita pelo público da época. Mesmo ainda não “redefinida” (seu alter-ego “Lucy Ricardo” ainda estava longe de nascer) ela dá algumas escorregadas nada intencionais no campo da comédia e brilhos daquela cômica maravilhosa em que se transformaria, vêm à tona. Lucille mostra um lindo corpo com umas pernas de dar inveja, só alguns anos depois de suas “figurações” (ainda como uma platinum-blonde) em veículos de Astaire e Rogers (como “Top Hat”, “Follow the fleet” e “Roberta”), seu pequeno e simpático papel no incrível “Stage door” de Gregory LaCava ao lado de Katherine Hepburn, Ginger Rogers, Ann Miller, Eve Arden e várias outas e alguns anos antes de ser transformada “na” readhead glamurosa da MGM em “DuBarry was a lady” com Gene Kelly e Red Skelton, que também não viviria muitos anos.
O STRIP-TEASE: "My mother told me"
Outros números “sérios” musicais – qualquer similaridade à ballet clássico não é intencional e pura e mera coincidência - são realmente muito estranhos (os bailarinos parecem estar vestidos como os habitantes do planêta Mongo – vide Flash Gordon... ) e se alguém disser que há uma referência à coreografia de Gene Kelly para “An american in Paris” (1951), eu pulo do próximo penhasco!

Maria Ouspenskaya repete o papel de professôra de ballet que interpretou no clássico (também de 1940) “Waterloo Bridge” (com Vivien Leigh e Robert Taylor), um filme de muita poesia.
Outro detalhe interessante: o filme foi editado por Robert Wise – que editaria logo em seguida “Citizen Kane” e que se transformaria no famoso diretor de “West Side Story” e “The Sound of Music”.
A estória é da austríaca Vicky Baum – que tinha conhecido “outras” épocas mais “prósperas” e de mais prestígio, como por exemplo durante a época do seu “Grand Hotel” com Garbo...

Em 2007 “Dance, Girl, Dance” foi selecionado para a preservação futura no Registro Nacional do Filme dos Estados Unidos pela Biblioteca do Congresso por ser “culturally, historically, or aesthetically significant” – piada esta digna de Lucy...