Uma estória de amor com muito humor, êste filme desenvolve-se de uma forma bastante fluente; natural, fácil... até que um dêstes incidentes do destino cria complicações para os personagens centrais e para sua futura relação, colocando uma sombra de dúvida sobre o futuro dêles. Quando a estória está terminando, a importância da verdade, da comunicação e as artimanhas e armadilhas do destino vêm à tona, transformando a sequência final num diálogo bonito, de pêso e de imagens inesquecíveis.
Um filme que possui um extremo bom-gôsto visual, bastante graça e muito charme. É muito bem escrito, bem atuado, carinhosamente dirigido e, sem dúvida, um filme que influenciou muito o gênero.
É de filmes assim que a mitologia de Hollywood é composta e nao é à toa que êste filme é o precursor de comédias românticas como, por exemplo, “Sleepless in Seattle” (que também têm “An affair to remember” como parte do seu “plot”). Há alguns anos parecia que não mais haveria espaço para filmes como êste mas de certa forma a “renascença” dêste particular estilo está bastante en vogue. Eu gostei de uma frase que li há pouco tempo: “This is the stuff dreams are made of for us, hopeless romantics around the world”. Não é?
“Affair” funciona por causa de seus diálogos, de sua simplicidade. Muitos críticos modernos torcem o nariz, zombam um pouco e amolam a faca do cinismo colocando o rótulo de “lacrimejante” nêste filme. A realidade porém é que nesta áurea época de Hollywood, dois atores como Deborah Kerr e Cary Grant, dominavam um filme do início ao fim, faziam o público suspirar, rir e chorar com a dose certa de carinho romântico e muito otimismo cego. Que simples. Que difícil seria esta tarefa hoje...
Um filme que possui um extremo bom-gôsto visual, bastante graça e muito charme. É muito bem escrito, bem atuado, carinhosamente dirigido e, sem dúvida, um filme que influenciou muito o gênero.
É de filmes assim que a mitologia de Hollywood é composta e nao é à toa que êste filme é o precursor de comédias românticas como, por exemplo, “Sleepless in Seattle” (que também têm “An affair to remember” como parte do seu “plot”). Há alguns anos parecia que não mais haveria espaço para filmes como êste mas de certa forma a “renascença” dêste particular estilo está bastante en vogue. Eu gostei de uma frase que li há pouco tempo: “This is the stuff dreams are made of for us, hopeless romantics around the world”. Não é?
A linda (e incrívelmente talentosa) Deborah Kerr (uma futura postagem sobre ela já está sendo planejada), hoje em dia não muito conhecida para gerações mais novas, estava no auge de sua popularidade quando “Affair” estreiou. No ano anterior ela tinha feito "The King & I" (e sido nominada para um Oscar apesar de ter sido dublada nas cancoes por Marni Nixon, que também dublou Audrey Hepburn em "My fair Lady" que nao foi nominada para o Oscar por sua Eliza, de onde se tira conclusoes que... bem, já é assunto para uma próxima postagem!). Ela está “perfeita” como Terry McKay: bonita & charmosa, engraçada & eloquente, faladora & ponderada, otimista & realista, apaixonada & nada egoísta. Como a maioria dos personagens de Hollywood ela, a partir do momento em que se apaixona, esquece do resto da vida, de tudo e de tôdos ao seu redor – sendo seu único objetivo amar e ser amada (Que cena linda quando seu aviao está pousando em NY e a aeromoca lhe mostra o Empire State Building... Que rosto mais translúcido...). Um processo similar acontece com o Nick Ferrante de Cary Grant.
O único laço verdadeiro, forte e real que parecia os unir é desfeito com a morte de “Janou”, a avó de Nick que morava na Cote D’azur (Cathleen Nesbitt – a grande atriz de caráter. Vide minhas postagens “My fair Juls” e “So long at the fair – outro caso de “gaslightning”).
O único laço verdadeiro, forte e real que parecia os unir é desfeito com a morte de “Janou”, a avó de Nick que morava na Cote D’azur (Cathleen Nesbitt – a grande atriz de caráter. Vide minhas postagens “My fair Juls” e “So long at the fair – outro caso de “gaslightning”).