sábado, 29 de dezembro de 2012
O Galope do Champagne: Feliz Ano Novo!
Para todos os amigos das "Tertúlias" meus melhores desejos para um 2013 cheio de alegrias, paz, amor, harmonia e saúde!
O ano chega ao final com esta "tertúlia" da nossa "Konzerthaus" com o maravilhoso Galope do Champagne de Strauss tocado pela Filarmonica de Viena... uma forma animada, bem-humorada e cheia de energia para começar o próximo Ano!
...e como não poderia deixar de ser, aqui o final do Concerto de 2010, regido pelo magnífico Georges Prêtre (aqui aos seus 85 anos!): a Marcha Radetzky... acreditam que esta é a maior razão porque as pessoas pagam fortunas por seus ingressos no dia primeiro de janeiro? Não é pela Valsa do Danúbio Azul (outro "Must" de todos os anos)! Mas não é sempre que o "público" pode colaborar, não é?
Feliz Ano-Novo, queridos!
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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
FELIZ NATAL: The Sound of Christmas.
O Natal de 1987 nos trouxe um lindo Show na Televisão: Julie Andrews, Placido Domingo e John Denver nos encantaram em „The Sound of Christmas“, show americano filmado inteiramente na Austria na frente do cenário natural de Salzburg com suas montanhas e arredores…
Quero colocar aqui para voces sómente o “Medley” do final; medley este que nos tira espiritualmente por alguns minutos do Stress, do Panico “pré-Natalino”… Coisas que estão muito longe do real Espírito do Natal.
Há poucos dias escrevi o seguinte no Facebook:
"As ruas frias estão cheias e em vez de paz, harmonia e Espírito de Natal estarem presentes, mais uma vez o "panico e o stress de Natal" atacaram a Plebe ignara (como diria Stanislaw Pontepreta)... Todos nervosos, agressivos, desesperados, afobados e querendo comprar o que não querem e o que (às vezes) nem podem...
MEU Natal em casa corre tranquilo... adoramos passar o dia cozinhando, ouvindo músicas, conversando, bebericando um vinho... juntos simplesmente!
…e se nos damos presentes, estes foram comprados durante o ano, quando também pensamos uns nos outros. A gente não pode deixar isso só para o dia 24.12., não é? Natal é como Aniversário: a gente não deseja felicidade, amor e saúde para os que queremos bem só num dia do ano, estão de acordo?
ABAIXO O PANICO E STRESS DO NATAL!
Peace on Earth!"
Aqui o “Medley Natalino” de "Sound" cantado com divina seriedade na Igreja do “Mondsee” (Lago da Lua) – a mesma igreja na qual Julie havia casado-se 23 anos antes em “The Sound of Music” (“A Noviça rebelde”) com o Baron von Trapp – para um público local que foi convidado como “figuração” (Gosto das Senhoras dos arredores de Salzburg com seus trajes típicos e chapéus altos, concentradas, principalmente na voz de Domingo - minha avó, Klara, tinha um chapéu parecido... apesar de ser de outro estado: Ober-Österreich, lugar no qual sempre me sinto "em casa").
Linda apresentação que me emociona de forma simples, aquece minha alma e sempre enriquece algum dia anterior ao Natal na nossa casa! God bless!
Bem, neste sentido, quero desejar a todos um lindo Natal, cheio de Luz, Harmonia, Amor, Aconchego, Pureza e Sorrisos. Que Tudo isto se prolongue durante todo o Ano para voces e para os Seus! Estes são meus votos para um Feliz Natal 2012!
Sinceramente
Ricardo Leitner
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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Wiener Staatsballet: 2012,Nov 30th: MEISTERWERKE DES 20. JAHRHUNDERTS
Before you start reading the text bellow, please notice that I have nearly no pictures of THIS particular performance. That is the reason why I have used other dancers’ in order to illustrate this performance.
One November 30th I had the privilege (and luck) to receive 2 tickets for the Opera from my friend Vladimir Shishov. After a hard week full of problems and hard work, I was really looking forward to a relaxing evening… I had much more than that!
The seats were marvelous, exactly in the fourth row, even though quite unusual for me: I normally choose seats on the first balcony for the Ballet… I like to be a bit “above” the stage. Unfortunately it is not always a pleasure to sit there and be aware of the formations which are usually intended by the choreographer… last March at “Glass pieces” the company hadn’t been properly rehearsed for the 3rd piece (a part of “Echnaton” from Glass) and I nearly regretted to be seated in my favourite box of the Opera…
Anyways, this time I had a completely different experience: not only has the company been “growing and growing” in artistic terms, repertoire and internationality, it has been working a lot… and rehearsing a lot… and DANCING a lot! Monsieur Legris…
The first part of the evening – and main reason of this review - “Suite en Blanc”(Serge Lifar) is one of my all-time favourites. I hadn’t seen this ballet in years until it premiered again in Vienna last February. I was at that time very much impressed with Shane Wuerthner’s performance (bellow with Liudmila Konovalova and Alexis Forabosco). Unforgettable.
When the curtain opened, guess whom I saw first. My dear frined Flavia Soares, her delicate fairy-like figure and inimitable smile. What a pleasure!
Copyright: Wiener Staatsoper
Copyright: Wiener Staatsoper
Copyright: Wiener Staatsoper
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Once more Vladimir Shishov (above) showed us why he is in the Premieur Danseur rank. His stage presence, his “Persona” shines… When he enters on stage, the whole Opera House seems to belong to him. He demands our full concentration… and everything seems to be done at such ease, with incredible naturality and poise:
Premier Danseur. It could not be any othe way.
He and Olga Esina (below) were marvelous at the “Adage”.
Mais uma vez Vladimir Shoshov (acima) nos mostrou o porque do seu Status de Premieur Danseur. Sua presença no palco, sua “persona” brilha… Quando ele entra no palco, toda a Ópera parece lhe pertencer. Ele atrai toda a nossa concentração… e tudo parece ser feito com facilidade, com incrível naturalidade e porte: Premier Danseur. Não poderia ser de outra forma.
Ele e Olga Esina (abaixo) estiveram maravilhosos no “Adage”. "Poise" is the key-word.
Copyright: Wiener Staatsoper
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I was also very impressed with Denys Cherevychko’s (below) strong performance in “La Mazurka” (Denys was a short time ago at the Paris Opera as Basil in “Don Quixote” ).
Always a pleasure to look at, Davide Dato (“Pas de Cinq”), “growing” more and more and everyday as an artist. Every time I see him on stage, he surprises me agin.
Exact, technically stronger every day and a beautiful, dynamic personality on stage.
Enchanting Prisca Zeisel (below), one of the few Austrians in the company, impressed the public with her musicality and lines in “Thème varié”).
Precious Precociousness!
Copyright: Wiener Staatsoper.
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The revelation of the evening for me was Alexis Forabosco (below).
Although I had seen him already many times on stage, this time I sort of “concentrated” more on his performance, he caught my full attention. His French background and technique give him a full understanding of “Suite” – combine these qualities and add presence, musicality and beautiful lines, mix them on a stage while slowly adding the music of Edouard Lalo and you’ll have what just delighted me and the audience on the last November 30th in “Thème varié”.
A beautiful performance by a very gifted and very sensual dancer. Bravo, Monsieur Forabosco.
Copyright: Wiener Staatsoper
After the first intermission another “jewel” by the Swedish choreographer Nils Christe. Inventive work to a very difficult music from Bohuslav Martinu – really VERY difficult.
Two of the dancers which had just only been on stage in “Suite” were again on stage. Much energy required after the technically demanding “
Copyright: Wiener Staatsoper
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Above Eno Peçi & Ketevan Papaya as well as Misha Sosnovischi in “Nightfall”.
Unfortunately the evening came to an end with “L’Arlésienne” (below) which I consider a boring ballet, a big bore really – as many others from Roland Petit.
This choreography does not appeal to me at all. And the evening should have started and not finished with it.
But this review is coming to an end and I would like to dedicate to the Prima-Ballerina Cristina Martinelli, who danced (the full version of “Suite en Blanc” for the firsttime in Brazil) at the "Adage". Unfortunately the only time it was ever shown in Brazil, at Rio de Janeiro’s “Theatro Municipal”, her artistic home for many, many years... During which she reigned as Brazil's "Majesty"!
Cristina Martinelli's private collection.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
REMEMBERING: Look for the silver Lining - acordes de esperança?
Existe em Alemão uma expressão que é “Not macht erfinderisch” (A emergencia provoca a criatividade). Gosto disso… desde os “Old-Timers” que ainda são conduzidos pelas ruas de Cuba ao “jeitinho” brasileiro que é de uma criatividade impressionante… Mas não usamos dizer em portugues “emergencia criativa”?
Adoro uma canção de Jerome Kern que sobrevive a difícil prova que o tempo sempre coloca em qualquer obra de arte: “Look for the silver lining”. Ela foi composta em 1919 para um musical que foi um fracasso, chamado “Zip, Goes a Million”.
Só publicada no ano seguinte ela foi reusada num musical de Ziegfeld feito especialmente para Marilyn Miller, “Sally”, que a transformou num popular sucesso!
Talvez por falar de sonhos, fantasias… ou esperanças... talvez... Tento explicar: "silver lining" (na realidade o "forro" prateado) é uma expressão idiomática que significa tanto quanto "um sinal de esperança numa situação difícil, ameaçadora".
Como por exemplo em Every Cloud has a silver lining... Uma versão mais antiga de "Always look on the bright side of life!"
Usada em vários filmes ela deu o nome para um veículo de June Harver na 20th Century Fox em 1949; uma biografia da própria Marilyn Miller, estrela de grande magnitude de Florenz Ziegfeld: „Look for the silver Lining“.
Chat Baker transformou-a num número de Jazz em 1954 e, notávelmente, esta melodia é usada até hoje, como no caso da famosa série da atualidade “Downton Abbey” na qual foi cantada pelos personagens Lady Mary e Matthew Crawley. Infelizmente e por azar a cena se passou no Natal de 1918, ou seja, um ano antes de ter sido composta por Kern…
Talvez sua interpretação mais conhecida seja de Judy Garland, no palco, em “Till the clouds roll by”, biografia bem “livre e criativa” de Kern.
Neste filme ela também aparece como Marilyn Miller e canta não só “Silver Lining” como também a eterna “Who?”.
Judy insistiu na época que seus numeros fossem dirigidos por seu então marido, Vincente Minnelli. A producão se atrazou um pouco e quando chegou finalmente a hora de se filmar “Silver Lining” a barriguinha de uma grávida Judy já estava mais protuberante do que poderia ser aceito pela MGM (Liza estava a caminho!).
Genialmente Minnelli mudou todo o conceito do número e o baseou 100% na atuação de Marilyn Miller dos anos 20. Estando atrás de uma pia cheia de pratos empilhados Judy não estaria totalmente exposta às cameras….
“A emergencia provoca a criatividade”.
Judy está um “mimo” neste número. Abusando do direito de ser talentosa, sonhadora, emocionada, afinada e fazendo muito amor com a camera que tanto bem lhe queria…
Por "coincidencia" a direção musical deste número, o arranjo em si, foi composto pela fabulosa Kay Thompson - atriz, cantora, bailarina, compositora, arranjadora, vocalizadora, professora - talvez por muitos lembrada só por sua participação em "Funny face" (1957) ao lado de Fred Astaire e Audrey Hepburn e no qual ela recebeu uma distinção única no Cinema: Ela roubou descaradamente uma cena na qual contracenava com Astaire.
Sempre penso em Kay quando ouço a expressão "She's bigger than Life". She was. Quer personalidade!
Amissíssima de Minnelli, tornou-se amiga íntima de Judy, virou madrinha de Liza que levou-a para morar com ela na velhice e que lhe dedicou um show, há poucos anos, no qual "cantarola" emotivamente "Silver Lining"... sim, este "cantarolar" era marca registrada da magnífica Thompson e Judy aqui cantarola triunfantemente! Reparem...
Além disto tudo e de uma longa carreira, Kay ainda criou um dos personagens um dos personagens mais simpáticos da história: Eloise! Mas como eu sempre digo: isto já uma outra estória que ficará reservada para uma futura Tertúlia!
Levantemos a cortina para Judy, sua voz, sua emoção, seu talento!
As I wash my dishes, I'll be following a plan,
Till I see the brightness in ev'ry pot and pan.
I am sure this point of view will ease the daily grind,
So I'll keep repeating in my mind.
Look for the silver lining
When e'er a cloud appears in the blue.
Remember some where the sun is shining,
And so the right thing to do,
Is make it shine for you.
A heart, full of joy and gladness,
Will always banish sadness and strife.
So always look for the silver lining,
And try to find the sunny side of life.
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