quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Schumann & Katharine Hepburn: Träumerei e a simplicidade...


Mesmo usada (e abusada) para fins comerciais, piegas, baratos (vezes até grotescos), esta "simples" melodia sobrevive...

Sua simplicidade é o que a torna mais fascinante, inimitável, conquistadora e, ao meu ver, muito difícil!


Aquela "simplicidade" sobre as coisas essenciais da vida, extremamente presentes no trabalho de Robert Schumann: honestidade, calor humano, sorrisos, apego e amor. As coisas "pequenas" da vida, como alguém uma vez colocou muito inteligentemente (e ironicamente) em palavras.

Quantas vezes na minha vida já ouvi: "Ah, isso é muito fácil de tocar"
Sim, verdade, encarando-se só o lado técnico... mas fácil de "sentir" e "interpretar"? Jamais.
Para mim este "sentir" é parte essencial da própria técnica e sem ele, nem o mais técnico dos técnicos nos emocionaria.
Na música, no teatro, no Ballet, no Cinema, nas Artes plásticas, na literatura...

Gosto do momento deste video: aqui "dublado" (o magnífico Arthur Rubinstein tocou) por ninguém menos do que nossa maravilhosa, querida, eterna Katharine Hepburn (Song of love, MGM, 1949).

Ela saía finalmente da longa fase de trejeitos dos anos 30 & 40 e tranformava sua arte numa coisa mais simples, translúcida, transparente, universal.

Esta é a Kate que nos encanta até hoje. Poucas desenvolveram como Kate esta virtude, este talento infinito... até o final de sua vida... aprimorando-se a cada dia até chegar aos momentos nos quais bastavam sómente um olhar - sim, um único - para delatar toneladas e toneladas de sentimentos... e simplesmente nos "emocionar simplesmente".



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