ONE TERTÚLIA IN ENGLISH AND PORTUGUESE!
During my last vacations in Spain I had the pleasure to be in great company: Robert La Fosse… correction: Robert La Fosse’s book “Nothing to hide” (1986).
My afternoons, during “siesta time” were a joy… I just read…
Durante minhas últimas férias tive o prazer de estar em grande companhia: Robert La Fosse… corrijo: O livro de Robert La Fosse “Nada para esconder” (1986).
Minhas tardes, durante a hora da “siesta” foram uma alegria… Só li…
Robbie was one of my favourite dancer’s at the end of the 70’s/beginning of the 80’s at ABT (unfortunately due to “geographical reasons” I could not follow his later career, at New York City Ballet… ). I still cherish wonderful memories of performances on stage and even on video (like, for example, “Romeo and Juliet” with Leslie Browne – I always liked Leslie, also such an actress, “Follow the Fleet” with Baryshnikov, Balanchine’s “La Sonnambula” with Gelsey Kirkland and the video that I placed here today!).
(above: Robert La Fosse/ Mikhail Baryshnikov/ Leslie Browne)
Robbie foi um dos meus bailarinos prediletos no final dos anos 70 e início dos 80 no ABT (infelizmente por razões geográficas, não pude continuar a seguir sua carreira depois, no New York City Ballet…). Ainda prezo maravilhosas memórias de atuações suas no palco e até em vídeo (como, por exemplo, “Romeu e Julieta” com Leslie Browne – sempre adorei Leslie, também tão boa atriz, “Follow the Fleet” com Baryshnikov, “La Sonnambula” de Balanchine com Gelsey Kirkland e o vídeo que coloquei hoje aqui!).
This book is a delight… full of wonderful memories, wit, humour, charm and sincerity!
And so many pictures I had never seen…
It contains lots of precious information: I was amazed to find out that, at the very beginning of his career, he danced on the Broadway stage at Bob Fosse’s “Dancin’ ” (The only advise that Bob Fosse gave him was: “Really good, Rob. Really good. Just one thing. You’ve GOT to change that name!”)
He, sort of, “excuses” himself at the very beginning of the book with the following sentence: “I haven’t been able to study the English language as much as I’ve studied the vocabulary of Ballet”.
And I say: THANK GOD FOR THAT! He is already such a good writer, such a good story-teller… If he had studied more English he might have really become a writer and the world of Ballet would have missed beautiful moments and a marvellous, very big talent!!
Este livro é uma delícia… cheio de maravilhosas memórias, sagacidade, humor, charme e sinceridade! E tantas fotos que nunca tinha visto…
Ele inclui muitas informações preciosas: Fiquei admirado em descobrir que ele, no início de sua carreira, dançou nos palcos da Broadway em “Dancin’” de Bob Fosse (O único conselho que Bob Fosse lhe deu foi: “Muito bom, Rob. Muito bom. Só uma coisa. Voce TEM que mudar este nome!”)
Ele, mais ou menos, “se desculpa” no início do livro com a seguinte frase: “Eu não tive a oportunidade de estudar tão bem a língua inglesa tanto quanto eu estudei o vocabulário do Ballet”.
E eu digo: GRAçAS A DEUS POR ISSO! Ele já tao bom escritor, um tao bom “Contador de estórias”… Se houvesse estudado mais ingles ele poderia ter-se tornado um escritor e o Mundo do Ballet haveria perdido lindos momentos e um talento maravilhoso, muito grande!
There are moments in the book which are simply fascinating to me. I very much admire people who have the capacity to express extreme complex thoughts in just a few words.
He can do this easily:
“People ask dancers how they remember so many different steps in so many Ballets. My answer has always been that it’s the same process by which people remember foreign languages or poems, lines in a play or trivia. A dancer’s ability to remember choreography is extraordinary to some people.
I’m fascinated by people who can use their mind and their voice and their memory”
Existem momentos no livro que são simplesmente fascinantes para mim. Eu admiro muito pessoas que tem a capacidade de expressar pensamentos extremamente complexos em poucas palavras. Ele consegue faze-lo fácilmente:
“Pessoas perguntam a bailarinos como eles lembram de tantos passos diferentes em tantos Ballets. Minha resposta sempre foi que isto é o mesmo processo pelo qual pessoas lembram-se de línguas estrangeiras ou de poemas, de linhas de uma peça e de “trivia”. A habilidade de um bailarino para relembrar coreografias parece extra-ordinária para algumas pessoas.
Eu sou fascinado por pessoas que podem usar sua mente e sua voz e sua memória”
“Nothing to Hide” is also an interesting, sometimes profound study about the chemistry between dancers: like his with Cynthia Gregory, Cynthia Harvey, Leslie Browne (with whom, I think, he shared a mutual empathy), Susan Jaffe, Darci Kistler, beautiful Patricia MacBride, Suzann Farrell... even Makarova!
All of them idols of my generation! (I am only four months younger than Robert).
Also a very honest testimony about the lack of chemistry (at least during rehearsals) with Gelsey Kirkland – who was going through one of the most difficult phases of her life due to a sort of “dependence”…
In fact, Robert, a very honest and straight forward person makes no fuss about hiding facts… (isn’t the book called “Nothing to hide”?).
It is quite obvious for his readers that it was not “the best time of his life” to dance with her… One feels his true dislike, this obvious feeling of antipathy toward her.
An interesting story told very honestly without apprehension, fear, “Angst”… even when we feel so sorry for him: because of Gelsey’s neurotic ways to rehearse, he started to cry one day… and then all of a sudden she was comforting him… Gelsey… A marvellous dancer but surely not an easy person…
“Nada para esconder” é também um interessante, algumas vezes profundo estudo sobre a química entre bailarinos: como a sua com Cynthia Gregory, Cynthia Harvey, Leslie Browne (com quem, acho, ele dividiu uma mutual empatia), Susan Jaffe, Darci Kistler, a linda Patricia MacBride, Suzann Farrell… até Makarova!
Todas elas ídolos da minha geração! (Sou só quatro meses mais jovem que Robert).
Também um honesto depoimento sobre a falta de química (pelo menos durante ensaios) com Gelsey Kirkland – que na época passava por uma das mais difíceis fases de sua vida por causa de uma certa “dependencia”…
De fato, Robert, uma pessoa muito honesta e direta não tenta esconder os fatos… (o livro não se chama “Nada para esconder”?)
É bem óbvio para seus leitores que não foi “o melhor tempo de sua vida” dançar com ela…
Sente-se sua aversão, este sentimento óbvio de antipatia por ela.
Uma estória interessante contada honestamente sem apreensão, receio, medo… até mesmo quando sentimos pena dele: Por culpa do jeito neurotico de Gelsey ensaiar, ele começou a chorar um dia… e então ela de repente estava consolando-o… Gelsey, maravilhosa bailarina mas definitivamente uma pessoa nada fácil…
It is beautiful the way he writes these pages, really analysing his life. Not only as a dancer.
So, I came to the conclusion that those beautiful, warm, sensitive, honest performances were in fact the true product of a beautiful, warm, sensitive person… Good to realize that… even if it is “just 30 years after”.
It felt good, to realize that, although he was technically amazing, he paid even more attention to the characters he was portraying… Perhaps technique came just too easy for him…
He tells us about the rehearsals of “The prodigal son” (Balanchine), a ballet that until today is too much related to Edward Vilella (Edward and Robbie could not be more different...) and of his decision to make a point of never watching a video of Vilella doing it… not to be influenced.
He created his own interpretation, performance of the character…
The great Mikhail Baryshnikov, at those times artistic director of the ABT, invested a lot in Robbie’s career… in fact he used to be even called his “protegé” (a beautiful word that I think is sometimes misunderstood in America) by the press.
Some pictures show us how both related well on stage, during rehearsals: professionals, great artists, talents that respected each other! I wonder if they are still friends today!
É bonita a forma na qual ele escreve estas páginas, realmente analisando sua vida. Não sómente como bailarino. Entao cheguei a conclusão que aquelas atuações bonitas, quentes, sensíveis, honestas eram de fato o verdadeiro produto de uma pessoa bonita, quente, sensível… Bom perceber isso… mesmo que seja “só trinta anos depois”.
Fez bem perceber que ele, apesar de ser técnicamente maravilhoso, dava mais atenção à caracterização dos papéis que interpretava… Talvez técnica fosse muito fácil para ele…
Ele nos conta sobre os ensaios de “O filho pródigo” (Balanchine), um ballet até hoje muito relacionado a Edward Vilella (Edward e Robbie não poderiam ser mas diferentes) e sobre sua decisão em não assistir o video de Vilella interpretando o papel… para não ser influenciado .
Ele criou sua própria interpretação, atuação do personagem…
O grande Mikhail Baryshnikov, naquela época diretor artístico do ABT, investiu muito na carreira de Robbie… Ele era até chamado de seu “protegido” (uma linda palavra que, acho, é às vezes mal-entendida na América – e no Brazil!).
Algumas fotos nos mostram como eles se relacionavam bem no palco, durante ensaios: profissionais, grandes artistas, talentos que respeitavam um ao outro! Me pergunto se ainda são amigos hoje…
Still so much to tell about this book, about Robert de La Fosse… but this is getting too long and I guess that you’ll have to buy the book!!!!
When I told him that I had loved his book, he answered: “Thank you. There's a lot more that happens after 1986. I need to start part 2. “Nothing to Wear” ”.
Robbie, Please do!!!!
I guess I’ve found for you your right picture for the cover! May I suggest it? (not the "Bad Behaviour" one)
Tanto ainda para contar sobre este livro , sobre Robert La Fosse… mas acho que esta Tertúlia está ficando muito comprida e que voces terão que comprar o livro.
Quando eu lhe disse que eu tinha amado seu livro, ele respondeu: „Obrigado. Tem muito mais que aconteceu depois de 1986. Eu tenho que começar a segunda parte. “Nada para vestir” ”.
Robbie, por favor!!!!
Acho que encontrei para voce sua perfeita foto para a capa! Posso sugerí-la?
Let me just finish today with one quote from his book:
“Dance is an art form. It preceded Speech. We take it for granted now because we talk so much, but people used to relate through movement instead of words. But as Charles Schultz’s wonderful character Snoopy once said, “To those of us with true understanding, dancing is the only pure art form”.
Bravo, Brilliant!
Thanks, Robbie!
Deixem-me terminar por hoje quotando seu livro:
“Dança é uma forma de Arte. Ele precedeu a Fala. Achamos a Fala a coisa mais normal porque nós falamos muito, mas os seres costumavam se relacionar através de movimentos, em lugar de palavras. Mas como Snoopy, o maravilhoso personagem de Charles Schultz disse uma vez, “Para nós que temos uma verdadeira compreensão das coisas, dançar é a única forma pura de Arte”.
Bravo, Brilhante!
Obrigado, Robbie!
Curtain up!
American Ballet Theatre
San Francisco 1985...
Bobby La Fosse & Susan Jaffe
The dying Poet...
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