Passar um prolongado fim-de-semana em Londres é uma coisa muito gostosa que já não fazia há mais de 10 anos apesar do voo ser realmente curtíssimo. Ter tempo para passear e fazer compras no „Harrods“ ou (para mim melhor) no „Selfridges“ é uma delícia. Encontrar um amigo querido e do coração como o bailarino Antonio Negreiros e passar o tempo conversando, „fofocando“, passeando, jantando, matando as saudades e rindo é um presente ainda maior. É como estar em casa fora de casa. Amizade sincera é assim.
Para dar uma „nota especial“ extra ao fim-de-semana assisti pela primeira vez (pasmem, 34 anos depois da estréia!) „Chicago“ – espetáculo musical original de 1975 que, nesta nova versão „supervisionada“ por Ann Reinking (100% a coreografia original de Fosse), voltou às luzes da Broadway e desde 1997 está no West-End!
Eu, já nos anos 70, tinha o disco, sabia as músicas, as falas de cor e salteado mas NUNCA tinha tido a oportunidade de ve-lo completo, ao vivo. A coreografia de Bob Fosse foi, é e sempre será um dos meus elementos preferidos num Show. Talvez este tenha sido um dos motivos de não ter gostado da versão cinematográfica. Não foi baseada no original de Fosse.
Fiquei deslumbrado com a „diversão e animação“, com o „tempo“, com o „pique“ que este Show tem. O tempo literalmente „voou“ e quando me dei conta o Show tinha acabado. Tudo perfeito com uma maravilhosa orquestra, elenco secundário e bailarinos/cantores (apesar de achar os bailarinos no West-End muito musculosos, muito "body-builders". Mas esta parece ser agora a „moda“. Todos porém com extensoes incríveis… Que pernas!).
Descobri uma nova „Roxie Hart“ e me apaixonei por ela. Linzi Hateley. Sensacional. Lembrem-se deste nome. Uma ótima cantora., ótima bailarina, ótima atriz e por cima de tudo engraçadíssima! Ela de certa forma (além do fato de ser mignon e ter a cabeça um pouco grande para o corpo), tem aquela qualidade elétrica e energética, quase neurótica que Judy Garland tinha. Como se tivesse acabado de tomar uma xícara de chocolate com anfetaminas… Uma daquelas pessoas que nos faz pensar: Tanto talento e energia dentro de um tão pequeno corpo!
Eu saí do teatro em „extase“ (apesar da cena final com Roxie e Velma ter sido "fraca"): como faz bem ver-se tanto talento, tanta inventividade, tanta disciplina numa só noite – e isto num pequeno espaço de 2 horas e meia, durante as quais nem por um segundo perdi a atenção ou me desprendi do palco, de cada detalhe, de cada passo, de cada nota… Que noite maravilhosa. Batemos papos até as altas horas num restaurante italiano no West-End… „digerindo“ o Show (Antonio veio da nova produção de „La Cage“ e nos encontramos para jantar).
(Para finalizar o fim-de-semana, antes do embarque no aeroporto de Heathrow, sentou-se ao meu lado na Sala VIP ninguém mais nem menos do que Susan Boyle, que há alguns meses atrás comoveu o mundo inteiro quando apareceu naquele programa ingles de „calouros“ chamado „Britain’s got Talent“.
Uma pessoas simpática e faladora – falava simplesmente com todo mundo! E como sorria... Adoro pessoas que sorriem...)
Aqui Linzi em 2003, num vídeo amador, no West-End como Roxie... nestes seis anos ela mudou: Sua Roxie ficou loira e ainda melhor!
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