Muita gente nao sabe, muita gente se esqueceu que Julie Andrews criou o papel de Eliza Doolitle na Broadway.
Para a estacao de 1955/56 na Broadway, Julie fez uma audicao para Richard Rodgers para o musical “The pipe dream” . Mr. Rodgers perguntou à jovem cantora/atriz, que tinha alcancado um status à la “Broadway’s darling” por sua interpretacao de Polly na peca “The boyfriend” (vide minha postagem “The boyfriend”), se ela tinha já audicionado também para outros compositores ou produtores. Ela foi muito sincera e disse: “Sim, sim, eu audicionei para Mr. Lerner e Mr. Loewe. Ambos estao preparando um musical baseado em Pygmalion de George Bernard Shaw”. Mr.Rodgers refletiu por alguns segundos e respondeu: “Se eles lhe pedirem para fazer Pygmalion, aceite. Senao, volte aqui e o emprego é seu!”. Como Julie disse anos depois: “It was very good advise – Thank you, Mr. Rodgers”.
Ela imortalizou Eliza com seu desempenho. Virou a rainha da Broadway... Uma tia minha assistiu-a na Broadway e nunca parou de elogiá-la (No época da estréia brasileira foi dito que Bibi Ferreira foi a melhor Eliza do mundo... ooops, desculpem, estou só citando o que me foi dito!). Em alemao se diz: Nao compare macas com peras...
Por falar nisto, Minha bela Dama estreiou em 1963 no teatro Joao Caetano no Rio com Ferreira e Autran ... Por estas alturas, Julie, depois de sua temporada na Broadway (1955/56 e 1957), já tinha feito à partir de 1958 uma temporada de 18 meses em Londres, estreiado em 3 de dezembro de 1960 em "Camelot" com Richard Burton e por voltas de 1963 estava ensaiando e depois filmando “Mary Poppins”, que lhe daria o Oscar de melhor atriz de 1964 – isto só para acabar com a lenda de que tanta gente “viu” Julie na Broadway em My fair Lady durante os anos 60, uma coisa que seria físicamente impossível...
Por falar nisto, Minha bela Dama estreiou em 1963 no teatro Joao Caetano no Rio com Ferreira e Autran ... Por estas alturas, Julie, depois de sua temporada na Broadway (1955/56 e 1957), já tinha feito à partir de 1958 uma temporada de 18 meses em Londres, estreiado em 3 de dezembro de 1960 em "Camelot" com Richard Burton e por voltas de 1963 estava ensaiando e depois filmando “Mary Poppins”, que lhe daria o Oscar de melhor atriz de 1964 – isto só para acabar com a lenda de que tanta gente “viu” Julie na Broadway em My fair Lady durante os anos 60, uma coisa que seria físicamente impossível...
A cerimonia do Oscar de 1964 foi interessantíssima: Julie ganhou a famosa estatueta por sua "Poppins"e no mesmo ano Audrey Hepburn nao chegou nem à ser nominada por sua Eliza, papel criado no teatro por Julie. Realmente um triunfo particular para Julie que ao receber seu premio disse: “You americans are known for your hospitality, but this is ridiculous!!!! “. Pode-se bem imaginar o que Mr. Warner deveria estar pensando depois de recusá-la por ser muito baixa, ter um queixo muito comprido e "só" ser conhecida na televisao e no teatro dos U.S.A...
De volta ao teatro:
As estórias sobre a criacao de My fair Lady sao interessantíssimas. Principalmente as estórias sobre as músicas que foram cortadas do show. Houve um grande cuidado em nao usar a palavra “amor” em nenhuma das cancoes de Eliza e Higgings. Muito inteligente decisao, já que a relacao de Mr.Higgins e Eliza é, de certa forma, superior à uma forma “tradicional” de amor, principalmente a nocao que era usada no meio dos anos 50 na Broadway. Vide “Caroussel”, “South Pacific”, “Oklahoma” entre tantos outros...
Um porém engracado: a inglesíssima Julie aprendeu seu “cockney” com um professor de fonética americano...
Uma das cancoes que foi cortada foi parar em 1958 no filme “Gigi” (Também de Lerner & Loewe) interpretada por Leslie Caron (ou melhor, pela cantora que lhe emprestou a voz) : Say a prayer for me tonight... uma cancao que em My fair Lady tinha seu lugar antes de uma insegura Eliza vestir-se para o baile (a cena foi totalmente cortada), foi encaixada na cena em que uma insegura Gigi está para vestir-se para sair com Gaston para o seu primeiro “Rendevouz” no Maxime’s.
O elenco era maravilhoso. Julie, Rex Harrison, Stanley Holloway, Robert Coote... E uma das atrizes coadjuvantes mais versáteis do cinema e do teatro interpretando Mrs. Higgins, a mae do professor: Cathleen Nesbitt. Esta atriz é muito conhecida no Brasil por causa de um filme que virou um clássico aqui: "An affair to remember" (Tarde demais para esquecer, 1957) com Cary Grant e Deborah Kerr. Ela é “Janou” a vovó querida de Cary Grant neste filme lacrimejante (Para os mais jovens: alguém viu “Sleepless in Seattle”? Voilá!).
O papel de Mrs. Higgins foi feito nas telas por uma outra inglesa versatilíssima: Glady Cooper, sobre quem desejo um dia escrever uma postagen muito especial!
Bem, estou só comecando com todas estas estórias... Como diria a própria Eliza:
As estórias sobre a criacao de My fair Lady sao interessantíssimas. Principalmente as estórias sobre as músicas que foram cortadas do show. Houve um grande cuidado em nao usar a palavra “amor” em nenhuma das cancoes de Eliza e Higgings. Muito inteligente decisao, já que a relacao de Mr.Higgins e Eliza é, de certa forma, superior à uma forma “tradicional” de amor, principalmente a nocao que era usada no meio dos anos 50 na Broadway. Vide “Caroussel”, “South Pacific”, “Oklahoma” entre tantos outros...
Um porém engracado: a inglesíssima Julie aprendeu seu “cockney” com um professor de fonética americano...
Uma das cancoes que foi cortada foi parar em 1958 no filme “Gigi” (Também de Lerner & Loewe) interpretada por Leslie Caron (ou melhor, pela cantora que lhe emprestou a voz) : Say a prayer for me tonight... uma cancao que em My fair Lady tinha seu lugar antes de uma insegura Eliza vestir-se para o baile (a cena foi totalmente cortada), foi encaixada na cena em que uma insegura Gigi está para vestir-se para sair com Gaston para o seu primeiro “Rendevouz” no Maxime’s.
O elenco era maravilhoso. Julie, Rex Harrison, Stanley Holloway, Robert Coote... E uma das atrizes coadjuvantes mais versáteis do cinema e do teatro interpretando Mrs. Higgins, a mae do professor: Cathleen Nesbitt. Esta atriz é muito conhecida no Brasil por causa de um filme que virou um clássico aqui: "An affair to remember" (Tarde demais para esquecer, 1957) com Cary Grant e Deborah Kerr. Ela é “Janou” a vovó querida de Cary Grant neste filme lacrimejante (Para os mais jovens: alguém viu “Sleepless in Seattle”? Voilá!).
O papel de Mrs. Higgins foi feito nas telas por uma outra inglesa versatilíssima: Glady Cooper, sobre quem desejo um dia escrever uma postagen muito especial!
Bem, estou só comecando com todas estas estórias... Como diria a própria Eliza:
“Just you wait!”